Contra o impasse do Túnel de Ceuta

Lutar por soluções

A CDU criticou a proposta de Rui Rio de resolver o impasse relativo às Obras do Túnel de Ceuta através de uma fórmula referendária a ser inscrita nos programas das diferentes candidaturas à Câmara Municipal do Porto.

A me­di­a­ti­zação do Túnel de Ceuta é uma fuga para a frente

Classificando-a de «ideia peregrina», a CDU considera que o acto eleitoral de 9 de Outubro «não pode ser transformado num plebiscito, como se o Túnel de Ceuta constituísse o problema essencial e único da cidade do Porto».
Com a obra embargada pela Ministra da Cultura, o presidente da Câmara do Porto propôs ao Governo que aceite resolver o impasse no Túnel de Ceuta aplicando a solução preconizada no programa eleitoral da força política que ganhar as eleições autárquicas. Na carta enviada ao Governo, Rui Rio propõe que, até ao dia das eleições, nada se faça ou decida relativamente ao túnel, «aceitando-se depois a vontade popular».
Em comunicado, divulgado no passado fim-de-semana, os comunistas do Porto consideram que a tentativa de erigir o Túnel de Ceuta como «o alfa e o ómega» dos programas eleitorais das diversas candidaturas é «uma ofensa aos cidadãos do Porto».
«A mediatização do Túnel de Ceuta promovido por Rui Rio é uma fuga para a frente, tendente a esquecer os problemas, as tensões e a permanente conflitualidade com as instituições e com os portuenses», acrescenta.
A CDU defende que a solução para o Túnel de Ceuta deve ser encontrada «através de consenso entre as forças partidárias e as instituições governamentais, sem que estas funcionem em função de lógicas partidárias de quem está no Governo».

Re­qua­li­ficar o Porto

Dias antes, na apresentação das listas de candidatos à Câmara e Assembleia Municipal do Porto, a CDU defendeu a requalificação da Avenida Fernão Magalhães, Via de Cintura Interna (VCI) e da marginal entre a Ponte D. Luís e o Freixo.
Rui Sá, cabeça de lista da CDU à Câmara Municipal, considerou «uma vergonha a escarpa meio a cair» entre as pontes D. Luís e do Freixo, defendendo uma requalificação «urgente» que envolva todas as entidades com responsabilidades na área, nomeadamente o Instituto de Estradas de Portugal (IEP), Administração dos Portos do Douro e Leixões (APDL) e Instituto Portuário do Transporte Marítimo (IPTM).
Rui Sá quer também que a autarquia requalifique a Avenida Fernão Magalhães, entre o Campo 24 de Agosto e a Areosa, transformando-a numa «grande avenida como a da Boavista, onde valha a pena passear».
O candidato do PCP propôs ainda a requalificação da VCI, «cobrindo parte do seu traçado e enterrando outras partes», de forma a ligar novamente a cidade, atravessada por uma auto-estrada que considerou «inadmissível».
Rui Sá quer também que no próximo mandato se inicie a construção do Parque Oriental, acolhendo na cidade a «abandonada» população de Azevedo/Campanhã, bem como a despoluição e requalificação das ribeiras.
A realização anual de «um grande festival associado ao Rio Douro», com eventos culturais, desportivos e lúdicos foi outro «projecto mobilizador para a cidade» proposto pelo candidato.
Rui Sá classificou a habitação como o «principal problema» do Porto, lamentando que os restantes cabeças-de-lista às eleições autárquicas de 9 de Outubro na cidade não tenham respondido à proposta que apresentou para a requalificação dos bairros sociais.
O autarca do PCP manifestou-se também contra o projecto para a «Baixa» que está a ser desenvolvido pela Sociedade de Reabilitação Urbana «Porto Vivo», acusando a coligação PSD/CDS-PP de estar empenhada numa «política que leva à expulsão dos moradores do centro da cidade, substituindo-os por pessoas com mais posses económicas».
Rui Sá criticou ainda o «silêncio» do seu adversário socialista, Francisco Assis, e do ministro da Saúde, Correia de Campos, perante a proposta da candidata do PS à Câmara de Valongo, Maria José Azevedo, de instalação neste concelho do Centro Materno Infantil do Norte (CMIN) previsto para o Porto.

CDU en­trega can­di­da­turas

Representantes da CDU procederam, segunda-feira, à oficialização das 444 candidaturas da coligação aos órgãos autárquicos do concelho do Porto. Com a entrega, no Tribunal da Relação da Comarca, dos processos de 406 candidatos, a CDU voltou a demonstrar que está na frente no que respeita à preparação do próximo acto eleitoral, uma vez que é a primeira força política a apresentar todos os nomes dos homens e mulheres que se propõem trabalhar em defesa da qualidade de vida e dos direitos dos cidadãos, na Câmara Municipal do Porto, na Assembleia Municipal e nas 15 assembleias de freguesia.
Rui Sá, actual vereador do Ambiente e Reforma Administrativa e candidato à presidência da Câmara Municipal do Porto, é o primeiro nome das listas em que a CDU congrega a disponibilidade de uma centena de independentes, a que correspondem 24,6 por cento do universo das candidaturas.
Este número é o reflexo da abertura de que a coligação do Partido Comunista Português com o Partido Ecologista «Os Verdes» tem dado provas, ao longo dos anos, no trabalho para a resolução dos problemas da população portuense.
Há, também, outros números que a CDU regista com agrado: 28, 8 por cento dos candidatos são mulheres e 18 por cento dos candidatos têm menos de 35 anos. Exemplos dessa diversidade na composição das listas são as freguesias de Lordelo do Ouro, em que os 18 candidatos se repartem igualmente pelo sexo feminino e masculino, e de Miragaia, em que, nove dos 17 candidatos são independentes; Cedofeita reúne 35 candidatos, entre os quais 12 mulheres e 12 independentes; Aldoar destaca-se pela forma como aparecem congregadas a juventude - 10 dos 24 candidatos têm menos de 35 anos - e o contributo de independentes, 12.
Para lá dos números, as listas entregues pelo mandatário da candidatura da CDU no Porto, o escritor Viale Moutinho, reúnem uma diversidade de experiências profissionais, académicas, de intervenção cívica, profundas ligações ao movimento associativo e, consequência de tudo isto, uma grande proximidade às populações, afinal, a marca distintiva do trabalho dos homens e das mulheres da CDU, para quem o Porto está sempre primeiro.

De­fender os por­tu­enses

No âmbito da campanha para as eleições autárquicas de 9 de Outubro, a CDU do Porto espalhou, sexta-feira, vários cartazes panorâmicos pela cidade. Não o fez para dar a conhecer o candidato, até porque o Porto sabe quem é Rui Sá e o que ele representa em termos de trabalho, honestidade e competência.
«Há mais de 10 anos que os portuenses conhecem o rosto de Rui Sá. É-lhe familiar, a expressão do comunista, actual vereador do Ambiente Reforma Administrativa da Câmara Municipal do Porto. Afinal, ele é o único que tem a porta sempre aberta para os munícipes. É, também, o único que, durante todo o mandato, transpõe essa porta para ir ao encontro deles, conhecer no terreno os problemas que enfrentam e lutar por soluções», destaca, em nota de imprensa, a CDU do Porto.
Praça do Infante, Praça da República, Jardim da Cordoaria, Estrada da Circunvalação, Rua de Egas Moniz, Estação da Campanhã, rotundas do Castelo do Queijo, AEP e Freixo, Alameda do Dragão e Lordelo e Avenida da Ponte são os locais onde foram colocados os novos cartazes.


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