O secretariado da Direcção da Organização Regional do Algarve do PCP denunciou, no passado dia 19, as contradições no discurso de Macário Correia que reconheceu a existência de problemas no abastecimento de água e que, a não serem tomadas medidas, esta pode faltar. «Quem ouviu Macário falar há um mês, quando tudo sobre esta matéria estava claro, não foi isso que ouviu», acusa o PCP, que lembra que agora tenta-se passar para cada um dos algarvios a responsabilidade pela falta de água. «Se não pouparem…», disse Macário Correia. Mas, perguntam os comunistas, «Porque é que não o disse com frontalidade há um mês atrás? Porque é que a questão da necessidade de poupança não foi colocada com outra força há mais tempo? Porque é que determinado tipo de gastos de água em áreas supérfluas não foram proibidos?», questiona o PCP. Para os comunistas, «não nos satisfaz ter razão, sobretudo tendo em conta o problema existente da falta de água. Mas recusamos uma prática de mentira, de jogos de palavras para confundir». Entende a DORAL que «curiosa foi também a exigência que Marques Mendes fez na sua passagem pelo Algarve quanto à construção do Hospital Central de Faro.» Mas, afirma o PCP, o PSD «esteve lá três anos e nada!»