«Governo continuador das políticas de direita»
No comício em Braga, o secretário-geral do PCP acusou o Governo do PS de prosseguir o essencial das políticas de direita.
Dramatização do défice serve para tentar impor sacrifícios aos mesmos
Jerónimo de Sousa está convencido de «quanto justos e verdadeiros eram os nossos alertas em relação ao perigo da existência de uma maioria absoluta do PS em resultado das eleições de 20 de Fevereiro». Para o secretário-geral do PCP, cada dia que passa «e em cada decisão do novo Governo do PS/Sócrates se confirma esta sua deliberada opção de um governo continuador no essencial das políticas de direita.
Com a maioria absoluta, prosseguiu Jerónimo de Sousa, o «PS revelou uma prática governativa que está marcada já também pela arrogância, pela chantagem, numa postura de clara hostilização aos mais elementares direitos dos trabalhadores e das suas organizações». Foi assim, acusou, «desde a primeira hora», com a decisão de aumento dos impostos, do IVA, dos combustíveis e do tabaco e com a nova e brutal ofensiva que desencadeou contra os direitos dos trabalhadores da Administração Pública, que «completou com uma inaceitável campanha que os transforma em bode expiatório das dificuldades do País».
Esta campanha, denunciou Jerónimo de Sousa, é alimentada por um «conjunto de falsidades no que diz respeito aos salários e às reformas dos funcionários públicos» e de «enviesadas e abusivas comparações com a realidade do sector privado». Ou seja, as mesmas «falsidades e a mesma lógica com que os anteriores governos justificavam e fundamentavam o novo Código Trabalho para retirar direitos aos trabalhadores do sector privado». Foi assim, destacou o dirigente comunistas, com a proposta de Programa de Estabilidade e Crescimento, que «melhor seria ser chamado de desestabilização e estagnação, que a maioria PS e o seu governo aprovaram e que vai determinar no fundamental o conteúdo das políticas do Governo para os próximos quatro anos».
Um programa negativo
Com o seu voto contra e as críticas que teceram em várias ocasiões e no próprio debate parlamentar, os comunistas consideram negativo o programa aprovado pela maioria PS na Assembleia da República. Para Jerónimo de Sousa, este é um programa que «prevê e assume, com as suas deliberadas opções de restrição orçamental e do investimento, uma alta taxa de desemprego em 2009, superior à taxa de desemprego verificada em 2004». E é também, considera, um programa que «quer ser também de contenção salarial em nome da competitividade da economia», e que se traduzirá na «continuação e prolongamento de um modelo de desenvolvimento assente nos baixos salários».
O secretário-geral comunista lembra que hoje «poucos têm dúvidas que a desmedida dramatização à volta do défice das finanças públicas era a preparação do terreno para impor novos e mais drásticos sacrifícios aos trabalhadores, aos quadros técnicos, aos reformados, aos pequenos e médios empresários». E exemplificou com a proposta de Orçamento Rectificativo, que os comunistas rejeitaram. Para o dirigente do PCP, este Orçamento, «dando corpo ao programa dito de Estabilidade e ao estrito cumprimento das metas de défice orçamental, mata a possibilidade de promoção de uma política virada para o crescimento económico». Uma proposta, realçou, «de afastamento e divergência com os níveis de desenvolvimento com a União Europeia e de promoção de novas injustiças no plano fiscal a coberto da capa do combate à evasão e fraude fiscais».
PCP é o único que faz alguma coisa
A situação no distrito é grave
Antes do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, falou no comício de Braga Manuel Mendes, membro do Comité Central e da direcção regional. O dirigente regional do Partido realçou a grande ofensiva de que estão a ser alvo os trabalhadores de Braga e saudou a sua luta em diversas empresas. «O distrito de Braga é hoje flagelado por sucessivos comportamentos e políticas de direita praticados ao longo dos anos, que se traduzem sempre numa grande ofensiva contra os direitos dos trabalhadores e dos jovens, dos reformados e dos pensionistas», afirmou Manuel Mendes. Para o membro da DORB, o actual Governo «prometeu antes das eleições, em plena campanha eleitoral, que tinha soluções para todos os problemas». Entretanto o que se vê é o seu agravamento, destacou o membro do Comité Central. Os portugueses e os bracarenses «foram vítimas de uma mentira grosseira», acusou.
Em seguida, Manuel Mendes destacou que, no quadro desta ofensiva, tem sido o deputado eleito pelo PCP no distrito, Agostinho Lopes, a estar ao lado dos trabalhadores e das populações. O que é visível pelas «dezenas de intervenções e requerimentos sobre os graves problemas do distrito», realçou. E avançou mais: o deputado comunista foi o único que «interveio, requereu e propôs medidas sobre os graves problemas do sector têxtil e do vestuário, sobre a situação económica e social de diversas empresas».
Com a maioria absoluta, prosseguiu Jerónimo de Sousa, o «PS revelou uma prática governativa que está marcada já também pela arrogância, pela chantagem, numa postura de clara hostilização aos mais elementares direitos dos trabalhadores e das suas organizações». Foi assim, acusou, «desde a primeira hora», com a decisão de aumento dos impostos, do IVA, dos combustíveis e do tabaco e com a nova e brutal ofensiva que desencadeou contra os direitos dos trabalhadores da Administração Pública, que «completou com uma inaceitável campanha que os transforma em bode expiatório das dificuldades do País».
Esta campanha, denunciou Jerónimo de Sousa, é alimentada por um «conjunto de falsidades no que diz respeito aos salários e às reformas dos funcionários públicos» e de «enviesadas e abusivas comparações com a realidade do sector privado». Ou seja, as mesmas «falsidades e a mesma lógica com que os anteriores governos justificavam e fundamentavam o novo Código Trabalho para retirar direitos aos trabalhadores do sector privado». Foi assim, destacou o dirigente comunistas, com a proposta de Programa de Estabilidade e Crescimento, que «melhor seria ser chamado de desestabilização e estagnação, que a maioria PS e o seu governo aprovaram e que vai determinar no fundamental o conteúdo das políticas do Governo para os próximos quatro anos».
Um programa negativo
Com o seu voto contra e as críticas que teceram em várias ocasiões e no próprio debate parlamentar, os comunistas consideram negativo o programa aprovado pela maioria PS na Assembleia da República. Para Jerónimo de Sousa, este é um programa que «prevê e assume, com as suas deliberadas opções de restrição orçamental e do investimento, uma alta taxa de desemprego em 2009, superior à taxa de desemprego verificada em 2004». E é também, considera, um programa que «quer ser também de contenção salarial em nome da competitividade da economia», e que se traduzirá na «continuação e prolongamento de um modelo de desenvolvimento assente nos baixos salários».
O secretário-geral comunista lembra que hoje «poucos têm dúvidas que a desmedida dramatização à volta do défice das finanças públicas era a preparação do terreno para impor novos e mais drásticos sacrifícios aos trabalhadores, aos quadros técnicos, aos reformados, aos pequenos e médios empresários». E exemplificou com a proposta de Orçamento Rectificativo, que os comunistas rejeitaram. Para o dirigente do PCP, este Orçamento, «dando corpo ao programa dito de Estabilidade e ao estrito cumprimento das metas de défice orçamental, mata a possibilidade de promoção de uma política virada para o crescimento económico». Uma proposta, realçou, «de afastamento e divergência com os níveis de desenvolvimento com a União Europeia e de promoção de novas injustiças no plano fiscal a coberto da capa do combate à evasão e fraude fiscais».
PCP é o único que faz alguma coisa
A situação no distrito é grave
Antes do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, falou no comício de Braga Manuel Mendes, membro do Comité Central e da direcção regional. O dirigente regional do Partido realçou a grande ofensiva de que estão a ser alvo os trabalhadores de Braga e saudou a sua luta em diversas empresas. «O distrito de Braga é hoje flagelado por sucessivos comportamentos e políticas de direita praticados ao longo dos anos, que se traduzem sempre numa grande ofensiva contra os direitos dos trabalhadores e dos jovens, dos reformados e dos pensionistas», afirmou Manuel Mendes. Para o membro da DORB, o actual Governo «prometeu antes das eleições, em plena campanha eleitoral, que tinha soluções para todos os problemas». Entretanto o que se vê é o seu agravamento, destacou o membro do Comité Central. Os portugueses e os bracarenses «foram vítimas de uma mentira grosseira», acusou.
Em seguida, Manuel Mendes destacou que, no quadro desta ofensiva, tem sido o deputado eleito pelo PCP no distrito, Agostinho Lopes, a estar ao lado dos trabalhadores e das populações. O que é visível pelas «dezenas de intervenções e requerimentos sobre os graves problemas do distrito», realçou. E avançou mais: o deputado comunista foi o único que «interveio, requereu e propôs medidas sobre os graves problemas do sector têxtil e do vestuário, sobre a situação económica e social de diversas empresas».