Capitalismo e pobreza
Cerca de 250 mil pessoas manifestaram-se durante todo o dia de sábado no centro de Edimburgo, na Escócia, condenando as políticas dos países mais ricos do planeta.
Uma semana de protestos contra as políticas dos países ricos
Sob o lema «Make Poverty History» (faz com que a pobreza passe à história), um mar de gente desfilou na capital da Escócia num dia em que decorriam megaconcertos em dez capitais europeias contra a pobreza no mundo.
Na gigantesca marcha, promovida por organizações não governamentais e de inspiração cristã, que se propunham rodear o centro da cidade de uma anel de manifestantes vestidos de branco, integraram-se outros grupos de militantes, nomeadamente do Partido Socialista Escocês, vestidos de camisolas vermelhas com a inscrição «faz com que o capitalismo passe à história».
Mas nem todos eram bem-vindos. Várias organizações políticas e grupos antiguerra viram recusados os pedidos para instalar os seus stands no parque de Meadows, onde foi montando um palco para o qual foi convidado a subir o ministro das finanças britânico, Gordon Brown. Em consequência, a associação britânica Stop the War Coalition organizou um desfile paralelo que contou com oradores próprios.
Outras iniciativas e acções anticapitalistas realizadas esta semana na capital escocesa terminaram em violentos confrontos com a polícia, tendo sido detidos na segunda-feira uma centena de manifestantes.
Para ontem, quarta-feira, dia em que começaram os trabalhos do G8, estava anunciada uma grande manifestação contra a pobreza, na qual se previa a participação de um milhão de pessoas.
Mais de dez mil agentes asseguram a vigilância do hotel de Gleneagles, onde os líderes estão reunidos, local que é protegido por uma muralha de aço com quase oito quilómetros de perímetro. Uma vedação foi igualmente erguida em volta do Parlamento escocês em Edimburgo.
Na passada terça-feira, os chefes de Estado e de governo da União Africana, reunidos na Líbia, adoptaram uma «posição africana comum» dirigida à cimeira do G8 exigindo nomeadamente a anulação da dívida para todos os países do continente.
Contudo, apesar das sonoras declarações de alguns líderes europeus, em particular de Tony Blair, em defesa de medidas contra as alterações climáticas e pelo fim da pobreza em África, não se espera que saiam da cimeira grandes decisões. O próprio primeiro-ministro britânico o admitiu ao afirmar recentemente que «mesmo que nada mude, pelo menos tentámos».
Na gigantesca marcha, promovida por organizações não governamentais e de inspiração cristã, que se propunham rodear o centro da cidade de uma anel de manifestantes vestidos de branco, integraram-se outros grupos de militantes, nomeadamente do Partido Socialista Escocês, vestidos de camisolas vermelhas com a inscrição «faz com que o capitalismo passe à história».
Mas nem todos eram bem-vindos. Várias organizações políticas e grupos antiguerra viram recusados os pedidos para instalar os seus stands no parque de Meadows, onde foi montando um palco para o qual foi convidado a subir o ministro das finanças britânico, Gordon Brown. Em consequência, a associação britânica Stop the War Coalition organizou um desfile paralelo que contou com oradores próprios.
Outras iniciativas e acções anticapitalistas realizadas esta semana na capital escocesa terminaram em violentos confrontos com a polícia, tendo sido detidos na segunda-feira uma centena de manifestantes.
Para ontem, quarta-feira, dia em que começaram os trabalhos do G8, estava anunciada uma grande manifestação contra a pobreza, na qual se previa a participação de um milhão de pessoas.
Mais de dez mil agentes asseguram a vigilância do hotel de Gleneagles, onde os líderes estão reunidos, local que é protegido por uma muralha de aço com quase oito quilómetros de perímetro. Uma vedação foi igualmente erguida em volta do Parlamento escocês em Edimburgo.
Na passada terça-feira, os chefes de Estado e de governo da União Africana, reunidos na Líbia, adoptaram uma «posição africana comum» dirigida à cimeira do G8 exigindo nomeadamente a anulação da dívida para todos os países do continente.
Contudo, apesar das sonoras declarações de alguns líderes europeus, em particular de Tony Blair, em defesa de medidas contra as alterações climáticas e pelo fim da pobreza em África, não se espera que saiam da cimeira grandes decisões. O próprio primeiro-ministro britânico o admitiu ao afirmar recentemente que «mesmo que nada mude, pelo menos tentámos».