Os representantes de Pyongyang e Seul voltaram a interromper as rondas negociais, 48 horas depois de se terem reunido em Kaesong, na zona de fronteira da República Popular Democrática da Coreia.
O representante norte-coreano esclareceu, anteontem, que na base da decisão esteve a insistência da Coreia do Sul em não abordar matérias de interesse comum antes do regresso ao diálogo sobre a solução do conflito na península.
Quanto a este tema, as autoridades da RPDC consideram não estarem reunidas as condições para dar início à quarta ronda negocial, na qual participam, para além das duas coreias, Rússia, China, EUA e Japão. Os motivos apresentados prendem-se com a permanente hostilidade revelada por Washington, sobretudo depois de nas últimas semanas a responsável pela política externa norte-americana, Condoleezza Rice, ter ameaçado Pyongyang com sanções.
O governo norte-coreano explicou, no entanto, que mantém a convicção de que é possível encontrar solução para as divergências que separam os coreanos, mas tal só pode passar por uma real e global desnuclearização de toda a península.