Solidariedade activa
O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) está com uma intensa actividade de solidariedade com os povos do Iraque e da Palestina, que sofrem brutais ocupações.
O CPPC apela ao fim da guerra do Iraque e ao regresso imediato da GNR
«Tenho um caderno igual ao teu» é o nome da campanha de solidariedade com o povo da Palestina que o CPPC está a desenvolver, em parceria com a Câmara Municipal de Beja. A campanha consiste no envio de cadernos e outro material escolar para as crianças de uma cidade palestiniana, que se encontra geminada com o município de Beja. Nesta campanha, as pessoas são convidadas a adquirir dois cadernos, um dos quais é enviado para a Palestina, ficando o outro – exactamente igual – para a pessoa que contribuiu para a campanha.
Foi precisamente no âmbito desta campanha que um grupo de sete jovens aderentes do CPPC esteve, no passado dia 16, junto à cantina da Cidade Universitária de Lisboa. E a recepção não podia ter sido melhor! Muitos jovens adquiriram o caderno, tendo muitos deles, inclusivamente, optado por enviar os dois cadernos para as crianças daquele país martirizado pela brutal ocupação. Nos cadernos a enviar era ainda solicitado que se escrevesse uma mensagem para as crianças, pedido ao qual a grande maioria dos participantes acedeu. Alguns ofereceram-se ainda para recolher mais material escolar e entregar na sede do CPPC.
Juntamente com os cadernos, era distribuído um documento com algumas informações acerca da situação da educação em terras da ocupada Palestina. Nesse documento, fica-se a saber, por exemplo, que no ano lectivo de 2003/04, mais de 197 mil crianças palestinianas e 9300 professores foram impedidos de ir à escola e que 580 escolas foram encerradas. E mais: 296 escolas ficaram danificadas, algumas foram encerradas e outras (275) estão da linha de confrontação directa. Daí não surpreender que desde Setembro de 2000 2610 crianças e jovens tenham sido feridos no seu percurso normal para a escola, 245 tenham sido assassinados e 166 presos. Os dados são da UNICEF. A campanha prossegue, com acções semelhantes em várias zonas do País.
Iraque para os iraquianos
Também o Iraque está nas preocupações do CPPC. Desde terça-feira que, na Baixa lisboeta, está em distribuição um documento de denúncia da situação vivida naquele país. Para o CPPC, o que foi visível na prisão de Abu Ghraib passa-se em todas as guerras de invasão. «E não estamos a falar das mortes de civis durante os bombardeamentos em situações de guerra aberta, mas sim de barbaridades praticadas directamente sobre civis», denuncia o conselho.
As torturas denunciadas, lembra, «não são diferentes das do campo de concentração do aeroporto de Bagdad, ou de AL-Qurna, nem das utilizadas em Guatanamo, e em muitos outros lugares». Para o CPPC, torturas e crimes têm-se verificado em todas as guerras de agressão. «Das tropas nazis durante a 2.ª Grande Guerra, no Ruanda, em Angola durante o colonialismo, em Timor, no Afeganistão, na Palestina, no Iraque.»
O CPPC lembra as mentiras que estiveram na origem da agressão e volta a denunciar o «carácter criminoso desta guerra e apela a todos os cidadãos que manifestem a sua condenação aos agressores, que exijam o fim da ocupação, o regresso imediato da GNR e a devolução do Iraque aos iraquianos». A acção de sensibilização termina hoje, ao fim da tarde.
Foi precisamente no âmbito desta campanha que um grupo de sete jovens aderentes do CPPC esteve, no passado dia 16, junto à cantina da Cidade Universitária de Lisboa. E a recepção não podia ter sido melhor! Muitos jovens adquiriram o caderno, tendo muitos deles, inclusivamente, optado por enviar os dois cadernos para as crianças daquele país martirizado pela brutal ocupação. Nos cadernos a enviar era ainda solicitado que se escrevesse uma mensagem para as crianças, pedido ao qual a grande maioria dos participantes acedeu. Alguns ofereceram-se ainda para recolher mais material escolar e entregar na sede do CPPC.
Juntamente com os cadernos, era distribuído um documento com algumas informações acerca da situação da educação em terras da ocupada Palestina. Nesse documento, fica-se a saber, por exemplo, que no ano lectivo de 2003/04, mais de 197 mil crianças palestinianas e 9300 professores foram impedidos de ir à escola e que 580 escolas foram encerradas. E mais: 296 escolas ficaram danificadas, algumas foram encerradas e outras (275) estão da linha de confrontação directa. Daí não surpreender que desde Setembro de 2000 2610 crianças e jovens tenham sido feridos no seu percurso normal para a escola, 245 tenham sido assassinados e 166 presos. Os dados são da UNICEF. A campanha prossegue, com acções semelhantes em várias zonas do País.
Iraque para os iraquianos
Também o Iraque está nas preocupações do CPPC. Desde terça-feira que, na Baixa lisboeta, está em distribuição um documento de denúncia da situação vivida naquele país. Para o CPPC, o que foi visível na prisão de Abu Ghraib passa-se em todas as guerras de invasão. «E não estamos a falar das mortes de civis durante os bombardeamentos em situações de guerra aberta, mas sim de barbaridades praticadas directamente sobre civis», denuncia o conselho.
As torturas denunciadas, lembra, «não são diferentes das do campo de concentração do aeroporto de Bagdad, ou de AL-Qurna, nem das utilizadas em Guatanamo, e em muitos outros lugares». Para o CPPC, torturas e crimes têm-se verificado em todas as guerras de agressão. «Das tropas nazis durante a 2.ª Grande Guerra, no Ruanda, em Angola durante o colonialismo, em Timor, no Afeganistão, na Palestina, no Iraque.»
O CPPC lembra as mentiras que estiveram na origem da agressão e volta a denunciar o «carácter criminoso desta guerra e apela a todos os cidadãos que manifestem a sua condenação aos agressores, que exijam o fim da ocupação, o regresso imediato da GNR e a devolução do Iraque aos iraquianos». A acção de sensibilização termina hoje, ao fim da tarde.