Aniversário da JCP

25 anos a tomar partido

Com o lema «O Sonho tem Partido», a JCP celebra o seu 25.º aniversário, com iniciativas por todo o País. Carlos Carvalhas juntou-se à festa no sábado, em Lisboa.

«A juventude é uma força de paz e de transformação»

Sábado à noite houve festa em Lisboa. A JCP comemorava os seus 25 anos e muitos comunistas (actuais e antigos militantes e dirigentes) fizeram questão de estar presentes nesta importante data para a organização para a qual dão – ou deram – um empenhado e quotidiano empenho e dedicação.
Presente esteve também o secretário-geral do PCP, que realçou os 25 anos de luta da JCP pela «transformação social e contra as injustiças». Carlos Carvalhas não se esqueceu também da importância dos jovens comunistas nos combates travados pela Paz, pelas causas juvenis e contra «essa hipocrisia que é a criminalização das mulheres que são empurradas para o aborto clandestino».
«Esta juventude, esta força, não se verga perante o imperialismo e perante os grandes senhores do dinheiro. É uma força de paz e de transformação. É uma força que tem um sonho e que tem Partido», destacou o dirigente do PCP. Para Carlos Carvalhas, a JCP toma partido pela «generosidade, pela transformação social, pela liberdade e pela democracia. Toma partido pelas causas mais generosas, ao lado do Partido Comunista Português».

Partir do sonho para a luta

Antes de Carlos Carvalhas, falou Débora Santos, da Direcção Nacional da JCP. Na sua intervenção, a jovem comunista realçou a importância da JCP nas lutas travadas pelos direitos e aspirações da juventude ao longo do último quarto de século.
Criticando severamente a política de direita, e os seus actuais praticantes – o Governo PSD/PP chefiado por Santana Lopes –, a dirigente da JCP justificou as muitas razões que os jovens têm, actualmente, para lutar. Pela educação pública, gratuita e de qualidade – nos ensinos secundário, superior e profissional –, pelo emprego estável de qualidade, contra a perseguição de mulheres obrigadas a recorrer ao aborto. A JCP, como sempre desde há 25 anos, estará na linha da frente destas lutas, prometeu a jovem comunista.
«Os jovens, como todos os homens, sonham por mais direitos, pela felicidade, pela Paz, pela amizade. E como jovens, nós sabemos que o sonho comanda a vida. E é comandados pelo sonho que partimos para a luta no dia a dia», afirmou, porque a luta é, em si mesma, feita de sonhos. «E o sonho tem Partido, o PCP.»

Alegria de transformar

Mas foram a música e a alegria as verdadeiras figuras da noite. Após as intervenções políticas e a partilha do bolo de aniversário, os Kussondulola subiram ao palco e contagiaram todos com os seus ritmos que combinam o reggae com a música angolana. A animação musical esteve ainda a cargo dos Fankambareggae e DJ Guevara – na verdade o músico Luís Varatojo, dos Despe & Siga (e não dos Peste & Sida, como erradamente informámos na edição passada), e que integra actualmente o projecto A Naifa.
Para além da música, que durou para além das quatro da madrugada, foi o convívio a grande figura da noite. Camaradas de muitas idades, actuais e antigos membros da JCP, vindos de praticamente todo o País, companheiros de muitas lutas, punham em dia conversas há muito adiadas. Conversas que muitos foram continuar para outras paragens, depois de terminada a festa naquele bar junto ao Castelo.

Uma história insubmissa

Foi a 10 de Novembro de 1979 que nasceu a Juventude Comunista Portuguesa, filha da unificação da União da Juventude Comunista (UJC) com a União dos Estudantes Comunistas (UEC). Mantendo as tradições das suas antecessoras – e podia recuar-se ao ano de 1921, quando se cria a primeira organização de juventude do PCP, as Juventudes Comunistas –, a JCP esteve, ao longo dos últimos 25 anos, à frente das lutas da juventude estudantil ou trabalhadora em defesa das conquistas de Abril e opondo-se sempre aos avanços da política de direita.
Num comunicado, a organização aniversariante destaca que os jovens sentem cada vez mais a «justeza das nossas propostas e a actualidade dos nossos ideais, sentem a necessidade de se organizar e organizar as fileiras da luta, pela construção do futuro, onde os seus anseios e aspirações se concretizem». Fazendo um «balanço positivo» dos seus 25 anos, a JCP considera que ao longo deste período se afirmou como a «organização revolucionária da juventude portuguesa».


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