Solidariedade com Cuba

Gerardo Hernández, um dos cinco patriotas cubanos presos nos EUA, em mensagem enviada da Prisão Federal de Victorville, na Califórnia – para onde foi transferido em Agosto passado pelo facto de a anterior ter deixado de ser considerada de «Segurança Máxima» – agradece, em nome dos cinco, «aos amigos de todo o mundo» que sempre os apoiaram e «deram ânimo com a sua solidariedade».
Na mensagem, Gerardo informa que as autoridades prisionais não lhe permitiram levar com ele, para a nova prisão, centenas de cartas recebidas ultimamente e às quais, por esse motivo, lamenta não poder dar resposta.
Entretanto, a Comissão Portuguesa para a Libertação dos Cinco Patriotas Cubanos renovou o apelo a todos os homens, mulheres e jovens solidários com o povo cubano e a sua luta heróica, para que prossigam e intensifiquem o envio de cartas, postais, mensagens de solidariedade aos cinco companheiros encarcerados nas prisões do Império, cujos endereços a seguir se reproduzem:

António Guerrero Rodriguez , Nº 58741 – 004, Postal Address USP FLORENCE, 5880 State HWY 67, South Florence, CO. 81226, USA.
René González Schwerert, Nº 58738 – 004, Postal Address FCI Edgefield,
PO BOX 725, Edgefield, South Carolina 29824, USA.
Ramón Labañino Salazar (Luis Medina), Nº 58734 – 004, Postal Address USP BEAUMONT, PO BOX 26035 Beaumont, TX. 77720, USA.
Fernando González Llort (Rubén Campa), Nº 58733 – 004, Postal Address FCI Oxford, PO BOX 500 Oxford, WI 53952 – 0500, USA.
Gerardo Hernández, Nº 58739 – 004, U.S. Penitentiary – Victorville, PO BOX 5500, Adelanto, CA 92301, USA.

A «ameaça» cubana

A hostilidade dos EUA contra Cuba assume proporções que raiam o absurdo. O mais recente caso afectou 64 professores universitários cubanos a quem foi negado o visto de entrada no país. Os académicos tinham sido convidados a participar numa iniciativa da Associação de Estudos da América Latina (LASA) em Las Vegas, Nevada.
Segundo a Prensa Latina (PL), o porta-voz do Departamento de Estado, Richard Boucher, questionado pela imprensa, confirmou que a recusa de vistos se ficou a dever ao facto de a presença dos académicos cubanos ser «contrária aos interesses» norte-americanos.
«O facto é que os professores cubanos são empregados governamentais e viajam como funcionários do Estado», disse Boucher, acrescentando considerar desadequado que professores cubanos participem em conferências e «difundam a linha do seu partido».
Para o porta-voz da administração Bush, a concessão de vistos a académicos está condicionada à manifestação de críticas ao regime cubano.
De acordo com dados da PL, só entre Maio de 2003 e Abril deste anos, os EUA recusaram vistos a 53 representantes de instituições culturais cubanas e a 215 criadores e artistas da Ilha, em muitos dos casos alegando que constituíam um perigo para os interesses e a segurança dos Estados Unidos.
Também nos últimos 11 meses, a administração Bush impediu a entrada nos EUA a 21 dirigentes desportivos de Cuba.
É caso para dizer, como o ministro cubano da Cultura, Abel Prieto, que a Casa Branca tem medo do debate de ideias.


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