Pobreza aumenta na América Latina
O número de pobres na América Latina passou de 200 milhões para 220 milhões entre 1998 e 2002, afirmou no final da semana passada José António Ocampo, director executivo da Comissão Económica da ONU (Cepal) para a região. Ainda segundo Ocampo, cerca de 90 milhões daquele total encontram-se em «extrema pobreza».
Este aumento de 20 milhões de pobres em apenas cinco anos, segundo o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Enrique Iglesias, deve-se sobretudo às crises registadas em «alguns países, como a Argentina, o Uruguai e outros».
Intervindo na conferência «Melhores práticas de política social», realizada na Cidade do México, Iglesias e Ocampo fizeram notar que será «difícil cumprir a meta do milénio de reduzir a pobreza para metade até ao ano de 2015» se o crescimento económico não acelerar.
Mas só o crescimento não basta para combater o flagelo da pobreza, como reconheceu David de Ferranti, vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina e Caraíbas. É preciso reduzir as desigualdades. Ora é justamente na América Latina que se verificam as maiores disparidades a nível mundial na distribuição da riqueza. Esta realidade levou o presidente do BID a defender «uma intervenção inteligente do Estado que acompanhe as políticas de mercado», enquanto o director da Cepal alertava para o facto de a desigualdade social na região se ter convertido «numa armadilha para o desenvolvimento através da marginalização de um sector da população, que diminui a acumulação de capital das empresas e limita o desenvolvimento humano».
Este aumento de 20 milhões de pobres em apenas cinco anos, segundo o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Enrique Iglesias, deve-se sobretudo às crises registadas em «alguns países, como a Argentina, o Uruguai e outros».
Intervindo na conferência «Melhores práticas de política social», realizada na Cidade do México, Iglesias e Ocampo fizeram notar que será «difícil cumprir a meta do milénio de reduzir a pobreza para metade até ao ano de 2015» se o crescimento económico não acelerar.
Mas só o crescimento não basta para combater o flagelo da pobreza, como reconheceu David de Ferranti, vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina e Caraíbas. É preciso reduzir as desigualdades. Ora é justamente na América Latina que se verificam as maiores disparidades a nível mundial na distribuição da riqueza. Esta realidade levou o presidente do BID a defender «uma intervenção inteligente do Estado que acompanhe as políticas de mercado», enquanto o director da Cepal alertava para o facto de a desigualdade social na região se ter convertido «numa armadilha para o desenvolvimento através da marginalização de um sector da população, que diminui a acumulação de capital das empresas e limita o desenvolvimento humano».