O novo Conselho de Administração das «Águas do Douro e Paiva, SA» está finalmente constituído. A sua composição, votada por 18 das 19 Câmaras Municipais accionistas e contra a qual o vereador da CDU em representação da Câmara do Porto votou, espelha, entretanto, na opinião da Direcção da Organização Regional do Porto do PCP, os «jogos de bastidores entre PSD e PS para a satisfação de interesses pessoais, em prejuízo do interesse público».
É neste contexto, acusa a DORP, que se insere a saída Nuno Cardoso e a manutenção de Orlando Gaspar, ou a chamada de Arménio Pereira, até há pouco presidente da Câmara de Paços de Ferreira, que concessionou a uma empresa privada a distribuição da água, medida que se traduziu já pelo aumento das suas tarifas.
A subvalorização das autarquias nos sistemas multimunicipais de abastecimento de água e saneamento, face à holding do Estado/Águas de Portugal, detentora de 51% do capital das empresas, tem sido muito contestada pelo PCP, que volta agora a alertar para o perigo da mercantilização de um bem único como é a água.