pela liberdade e o socialismo
Morreu Raul de Castro
Faleceu no dia 21 de Agosto, com 82 anos, o camarada Raul de Castro, prestigiado intelectual e militante comunista com uma vida inteira dedicada à luta pela liberdade e o socialismo.
Um homem vertical e de firmes convicções
O Secretariado do Comité Central do PCP, em telegrama à família, expressa as suas «sentidas condolências e o seu profundo pesar pela perda do militante comunista», realçando em Raul de Castro a sua qualidade de «persistente lutador pela liberdade, a democracia e o socialismo».
Traços que marcaram todas a sua existência e que hoje fazem parte integrante do nosso património colectivo, como sublinhou Sérgio Teixeira, membro da Comissão Política, responsável da DORP, ao intervir no funeral, realizado terça-feira, com a presença de muitos camaradas e amigos.
«Falar de Raul de Castro é falar de uma pessoa mordaz, incisiva, sensível e vertical, com firmeza de convicções, traços de uma personalidade expressos no quotidiano do nosso viver, na escrita, no vigor da intervenção política, nos poemas, nas relações humanas», realçou o dirigente comunista, antes de evocar no comunista agora desaparecido o «advogado determinado e corajoso na defesa dos muitos presos políticos, nos famosos “Tribunais Plenários”», o «político, resistente antifascista», o «Homem da Unidade Democrática», o «Homem de Abril».
Também a Direcção da Organização Regional do Porto do PCP, em nota aos órgãos de comunicação social, homenageando a memória de Raul de Castro, lembra o facto de ser oriundo de uma família que diz muito aos portugueses e particularmente à região do Porto, pelo seu «inquestionável valor e exemplo humano, cívico e político», numa referência directa a sua mãe, Irene Castro, e a seu irmão, Armando Castro. Democratas que a DORP classifica de «ímpares pela sabedoria, personalidade e acima de tudo pela sua atitude perante a vida e os problemas dos que mais sofrem».
Raúl de Castro frequentou a Faculdade de Coimbra e aí se formou em Direito em 1945, mas já em 1942 desenvolveu actividades integradas no PCP. Colaborou sempre com pseudónimos, sobretudo Saul Fernandes (e outro como João Carlos) nas revistas «Pensamento» e o «Diabo» e em jornais como «Gazeta de Coimbra» e «Comércio da Póvoa de Varzim», onde manteve uma página semanal com o nome «O Comércio dos Novos».
Foi preso pela PIDE em 1947. O seu campo de acção passou a ser no plano legal tendo tido uma intervenção significativa no «MUD Juvenil» e nos julgamentos dos presos políticos.
Raul de Castro foi vice presidente e fez parte da Comissão Central do MDP/CDE e da Direcção da Intervenção Democrática (ID), tendo sido deputado à Assembleia Constituinte e à Assembleia da República durante 15 anos, para além de autarca, vereador e membro da Assembleia Municipal do Porto, durante 13 anos.
Traços que marcaram todas a sua existência e que hoje fazem parte integrante do nosso património colectivo, como sublinhou Sérgio Teixeira, membro da Comissão Política, responsável da DORP, ao intervir no funeral, realizado terça-feira, com a presença de muitos camaradas e amigos.
«Falar de Raul de Castro é falar de uma pessoa mordaz, incisiva, sensível e vertical, com firmeza de convicções, traços de uma personalidade expressos no quotidiano do nosso viver, na escrita, no vigor da intervenção política, nos poemas, nas relações humanas», realçou o dirigente comunista, antes de evocar no comunista agora desaparecido o «advogado determinado e corajoso na defesa dos muitos presos políticos, nos famosos “Tribunais Plenários”», o «político, resistente antifascista», o «Homem da Unidade Democrática», o «Homem de Abril».
Também a Direcção da Organização Regional do Porto do PCP, em nota aos órgãos de comunicação social, homenageando a memória de Raul de Castro, lembra o facto de ser oriundo de uma família que diz muito aos portugueses e particularmente à região do Porto, pelo seu «inquestionável valor e exemplo humano, cívico e político», numa referência directa a sua mãe, Irene Castro, e a seu irmão, Armando Castro. Democratas que a DORP classifica de «ímpares pela sabedoria, personalidade e acima de tudo pela sua atitude perante a vida e os problemas dos que mais sofrem».
Raúl de Castro frequentou a Faculdade de Coimbra e aí se formou em Direito em 1945, mas já em 1942 desenvolveu actividades integradas no PCP. Colaborou sempre com pseudónimos, sobretudo Saul Fernandes (e outro como João Carlos) nas revistas «Pensamento» e o «Diabo» e em jornais como «Gazeta de Coimbra» e «Comércio da Póvoa de Varzim», onde manteve uma página semanal com o nome «O Comércio dos Novos».
Foi preso pela PIDE em 1947. O seu campo de acção passou a ser no plano legal tendo tido uma intervenção significativa no «MUD Juvenil» e nos julgamentos dos presos políticos.
Raul de Castro foi vice presidente e fez parte da Comissão Central do MDP/CDE e da Direcção da Intervenção Democrática (ID), tendo sido deputado à Assembleia Constituinte e à Assembleia da República durante 15 anos, para além de autarca, vereador e membro da Assembleia Municipal do Porto, durante 13 anos.