Terroristas libertados?
A presidente do Panamá pode estar a preparar uma amnistia para os quatro terroristas cubanos que tentaram assassinar o presidente Fidel Castro aquando da realização da cimeira Ibero-Americana no Panamá, num atentado que provocou centenas de vítimas. O anúncio foi feito pelo Ministério das Relações Exteriores de Cuba, que considera que esta decisão, a confirmar-se, constitui uma afronta contra o povo de Cuba, vítima do terrorismo desde há quatro décadas, que vitimou mais de três mil pessoas. O governo cubano considera que a presidente panamiana, Mireya Moscoso, está a ser pressionada pela mafia contra-revolucionária de Miami, com a qual a sua irmã Ruby Moscoso mantém contactos regulares. O ministério acusa ainda o governo dos Estados Unidos de estarem por detrás da provável decisão da presidente, afirmando mesmo que a libertação foi solicitada pelas autoridades norte-americanas aquando da visita do Secretário de Estado dos EUA àquele país. Um dos quatro homens que pode vir a ser libertado é Luís Posada Carriles, cujas actividades terroristas contra-revolucionárias se iniciaram no início dos anos 60. Saído de Cuba em 1961, foi agente da CIA e protagonizou alguns dos mais célebres e sangrentos atentados contra Cuba.