O PCP quer que a reconversão dos terrenos da Quimiparque, que abrangem cerca de 10 por cento do território do Barreio, seja amplamente discutida. A Comissão Concelhia do Partido quer integrar no debate sobre o futuro dos terrenos as organizações representativas dos trabalhadores, as autarquias, as populações e os agentes locais, para além, é claro, da Quimiparque e do ministério da tutela.
Os comunistas lembram que esta sua intenção é apoiada pela população, referindo as 2654 assinaturas recolhidas num abaixo-assinado promovido pelo PCP, exigindo este debate profundo. Na petição, considera-se também que a reconversão da Quimiparque deverá ter em conta a «afirmação do Barreiro como pólo importante na produção de riqueza para a região e para o País, bem como as necessidades do concelho em equipamentos colectivos, em zonas de lazer, em grandes eixos viários». Manter as empresas existentes e os respectivos postos de trabalho é outra das exigências.
Os subscritores do abaixo-assinado lembram que a actual situação do parque industrial é da responsabilidade da política de desindustrialização seguida por sucessivos governos PS e PSD. Graças a esta política, parte significativa das empresas ali situadas encerraram e extensas áreas do Parque ficaram libertas. O facto de a Quimiparque ser propriedade do Estado é outra dos argumentos utilizados para exigir o debate alargado.