Deslocalização na Bosch?
Em França, a alemã Bosch está a forçar os trabalhadores da fábrica de Vénissieux a aceitarem uma drástica diminuição dos seus direitos e retribuições em «troca» da manutenção da fábrica no local. A empresa pretende que os trabalhadores aceitem o aumento do horário de trabalho (sem compensação), a redução dos subsídios de trabalho nocturno, o fim do 13.º mês no cálculo do pagamento das férias e o congelamento dos salários durante três anos. Caso os trabalhadores não aceitem, a empresa ameaça deslocalizar a produção para a República Checa.
Para o acordo ser válido, terá de ser aceite por 90 por cento dos trabalhadores. A CGT opõe-se ao acordo, mas sindicalistas da central, citados pelo Le Monde, crêem que a maioria dos operários acabará por aderir ao acordo, forçadamente. O secretário-geral da Força Operária, central contrária às propostas patronais, declarou ao mesmo jornal que «nunca seremos competitivos com o Sudeste Asiático. Se são competitivos é porque lá há escravos».
Para o acordo ser válido, terá de ser aceite por 90 por cento dos trabalhadores. A CGT opõe-se ao acordo, mas sindicalistas da central, citados pelo Le Monde, crêem que a maioria dos operários acabará por aderir ao acordo, forçadamente. O secretário-geral da Força Operária, central contrária às propostas patronais, declarou ao mesmo jornal que «nunca seremos competitivos com o Sudeste Asiático. Se são competitivos é porque lá há escravos».