Precariedade sazonal
O sindicalista britânico Nick Clark considera que a sazonalidade é a grande causa da exploração de trabalhadores portugueses no Reino Unido. Neste país, a lei «permite que as empresas de trabalho temporário não reconheçam aos seus trabalhadores os mesmos direitos que teriam num emprego mais estável», afirmou à Lusa o sindicalista, à margem de um seminário sobre migrações e acção sindical realizado em Lisboa. Segundo Clark, os trabalhadores no Reino Unido estão mais desprotegidos, não havendo qualquer inspector do trabalho ou acordos de empresa. «Os trabalhadores são mal pagos, muitos não falam inglês e, por isso, não se informam dos seus direitos», sublinhou o sindicalista britânico. Dando exemplo dos pedreiros, Nick Clark informou que muitos portugueses aceitam trabalhar por seis libras, enquanto que o mínimo estabelecido é de 7,5 libras e a maioria dos pedreiros ingleses não trabalha por menos de 10. O isolamento em que vivem e trabalham, longe dos locais onde existem comunidades portuguesas, é outro dos motivos que facilitam a forte exploração de que não vítimas os trabalhadores portugueses em Inglaterra.
A Comissão Europeia apresentou no passado dia 14 em Bruxelas um conjunto de propostas sobre a gestão dos fundos europeus que a serem aprovadas implicarão perdas substanciais de fundos por parte de Portugal. Se estas propostas forem aceites pelos estados-membros, o saldo líquido médio anual dos dinheiros comunitários para...
A direcção do CDS-PP decidiu na passada semana o regresso do partido ao maior grupo do Parlamento Europeu, o Partido Popular Europeu (PPE), onde já se sentam os deputados do PSD. O Partido Popular português regressa ao grupo de onde foi expulso em 1992, pelas suas posições «eurocépticas» e contrárias ao Tratado de...
Em França, a alemã Bosch está a forçar os trabalhadores da fábrica de Vénissieux a aceitarem uma drástica diminuição dos seus direitos e retribuições em «troca» da manutenção da fábrica no local. A empresa pretende que os trabalhadores aceitem o aumento do horário de trabalho (sem compensação), a redução dos subsídios de...
Após seis meses de desemprego, um trabalhador francês que recuse um posto de trabalho «compatível com as suas possibilidades» pode ver reduzido o seu subsídio de desemprego. Segundo o projecto do ministro do Trabalho e da Coesão Social francês, Jean-Louis Borloo, um desempregado passa a ter de aceitar – ao fim de seis...
O acordo salarial dos ferroviários franceses, apresentado no dia 9 de Julho, foi rejeitado pelos sete sindicatos do sector, que se recusam a dar cobertura ao que consideram um recuo social. Os sindicatos entendem que as propostas representam uma nova quebra no poder de compra dos trabalhadores. As estruturas...