A Alemanha nazi já estava derrotada!
Os dirigentes dos países que fizeram a guerra contra a Alemanha hitleriana estiveram quase todos em França no passado dia 6 integrados nas celebrações do «Dia-D» quando se recordou o indubitavelmente glorioso acontecimento militar e estratégico que a invasão aliada da Normandia materializou. Mas em Junho de 1944, aqueles que ao longo de toda a 2ª Guerra Mundial tinham usado mil subterfúgios para fugir à abertura de uma segunda frente na guerra contra os nazis (Grã-Bretanha e Estados Unidos,) já não tinham tempo a perder. O seu grande objectivo falhara. Agora, invadiam a Normandia afirmando que o faziam para libertar a França. Mas não diziam a verdade.
O general de Gaulle desenvolvera uma intensa campanha para persuadir os aliados ocidentais à realização de uma campanha militar pela libertação da França. Mas os Estados Unidos e a Grã-Bretanha preferiram esperar durante os anos de 1941, 1942 e 1943 que a Alemanha hitleriana e a URSS se destruíssem mutuamente. Então, reinariam, como agora acontece, sobre um mundo desprovido de ideal e sem perspectivas claras. O general de Gaulle viu-se ridicularizado por Churchill, especialmente. A causa da França foi menosprezada. Se os franceses chegaram ao fim do conflito sentando-se, também, à mesa dos vencedores, isso ficou a dever-se ao histórico papel da Resistência e das heróicas e gloriosas organizações do PCF que se colocaram na frente da luta interna contra os ocupantes nazis.
Se há pessoas que não deviam ter ocupado lugar nas celebrações do «Dia-D», essas pessoas chamam-se George W. Bush e Tony Blair. Tudo o que representam, actualmente, contradiz e ofende a generosidade dos milhares de soldados que atravessaram o Canal da Mancha e desembarcaram nas praias designadas, militarmente, como Utah, Omaha, Gold, Juno, Sword. Mas eles lá estavam, perfeitos seguidores no Iraque e noutros locais, de tudo o que os hitlerianos fizeram. E receberam do mundo um reconhecimento e uma atenção a que não têm direito. Também a presença do chanceler germânico, Gerhard Schroder, suscitou reparos, mais no seu próprio país do que entre os vencedores. Os alemães criticaram o chefe do governo social-democrata por ter visitado o cemitério de Ranville onde apenas repousam 322 soldados que tombaram pelo nazismo, ignorando, porém, o de La Cambe onde se acham os restos mortais de 21 000 homens que combateram frente a frente com os invasores da Normandia.
Surgiram do mar pela madrugada...
Naturalmente, os principais momentos das celebrações foram os desfiles dos veteranos. Emocionante rever os homens que, há 60 anos, travaram conhecimento com a brutalidade da guerra em locais que ficaram para a História do conflito que ensanguentou o mundo, como Bayeux, Coureseulles-sur-Mer, Caen, Ouistreham, Asnelles, Arromanches, Le Mesnil. Tinham surgido em pleno Canal da Mancha na madrugada de 6 de Junho de 1944 para libertar a pátria de Clemenceau e Charles de Gaulle, ou assim lhes fora dito, para derrotar o nazismo e contribuir na tarefa de construção de um mundo novo que nasceria como resultado do seu esforço. Mas, hoje, apesar daqueles rostos heroicamente orgulhosos que vimos nos desfiles, quem se coloca na frente das celebrações do «Dia D» é o sistema socio-económico que nos governa. O capitalismo conseguiu sobreviver à guerra e aos acontecimentos que se lhe seguiram. E embora caminhe, tresloucadamente, para a inevitável catástrofe, ainda se permite chamar a si, descarada e mentirosamente, a posição de vencedor da guerra, o que os 20 milhões que tombaram para que a URSS continuasse patentemente negam.
A presença de Vladimir Putin, absolutamente justificada, foi particularmente passada em claro pelas televisões ocidentais. Teriam os soviéticos, de facto, desempenhado algum papel relevante durante a guerra? Somos levados a crer que a generalidade dos programas e dos trabalhos jornalísticos publicados em quase todos os países sobre a invasão das Normandia e a sua inserção no quadro geral da guerra só tinham um objectivo – o de ignorar a grande verdade, a suprema verdade de que a Alemanha nazi foi derrotada em Moscovo, em Estalinegrado e em Kursk, não nas praias normandas apesar dos méritos evidentes da gigantesca operação comandada pelos generais Eisenhower e Montgomery. Quando o «Dia D» aconteceu, Adolf Hitler já tinha perdido a guerra. A URSS, o Exército Vermelho, o povo soviético, o Partido Comunista, tinham-na ganho.
A Voz da História
O plano do OKW (Oberkommando der Wehrmacht) ou Alto-Comando do Exército nazi) para o Verão de 1944, compreendia a intensificação da resistência no teatro de operações de Leste e o afastamento dos invasores anglo-americano-canadianos que surgiriam na Normandia a 6 de Junho. Se o cenário previsto se transformasse em realidade, a Alemanha poderia, ainda, ganhar a guerra. Mas tratava-se de um plano irreal. Os dirigentes nazis alimentavam a ilusão de fazer aquilo que, antes, os anglo-americanos haviam tentado. Enquanto estes tinham pretendido arquitectar o choque fatal em que a Alemanha e a URSS se destruiriam, mutuamente, agora, os hitlerianos, planeavam unir-se aos aliados ocidentais para que, todos, se lançassem na destruição feroz e animalesca da pátria de Lenine.
A verdade é que a formação dos exércitos das potências ocidentais, que seriam comandados por Montgomery, Bradley, Hodges, Devers, Patton, Simpson, Crerar, ameaçava uma campanha brutal de avanços decisivos para a conquista do coração da Alemanha. Isto levou Jukov, o comandante-geral das forças soviéticas em operações contra o Reich, a declarar: «A batalha por Berlim, começou». Ao fazer esta afirmação, o glorioso chefe militar no comando do Exército Vermelho, voava para Moscovo. A «Stavka», organismo superior que dirigia a guerra patriótica da URSS, a que presidia Estaline, convocara-o para uma reunião crucial. Jukov não tinha dúvidas de que iria ser discutida a futura estratégia quanto ao esforço final para liquidação da Alemanha, agora que os invasores nazis recuavam em toda a linha na Bielorússia, o grupo de tropas hitlerianas em operações na Crimeia fora aniquilado e a cidade heróica de Sebastopol estava livre. A libertação total da URSS anunciava-se.
Do gabinete de Antonov (Chefe do Estado-Maior do Exército Vermelho, na altura) Jukov telefonou para o Kremlin. Poskrebychev, o secretário do Comandante Supremo, confirmou-lhe que seria recebido às cinco da tarde. Estávamos a 23 de Abril de 1944. Presentes, além dos membros normais da «Stavka» e do próprio Antonov, o marechal N. Fedorienko (comandante das fôrças blindadas de todo o Exército Vermelho), o coronel-general da Força Aérea, Novikov, e um vice-presidente do Conselho dos Comissários do Povo, V. A. Malichev. Stalin fez uma breve exposição da situação nos diversos teatros de guerra e pediu a Fedorienko e a Novikov que fornecessem detalhes quanto à capacidade das indústrias de material de guerra para que se tivesse a certeza de que nos meses que se aproximavam a produção de aviões e tanques correspondesse às necessidades operacionais que já se previam. Depois, deu a palavra a Jukov.
«Comecei por concordar com algumas considerações que Antonov tinha já feito» relataria Jukov, mais tarde. E continuou: «O meu ponto de vista aproximava-se do de Antonov quanto às dificuldades que teríamos de enfrentar nas frentes germano-soviéticas a partir do Verão de 1944. Mas Estaline interrompeu-me».
Disse o Comandante Supremo: «Os problemas que apontais não serão os únicos que nos esperam durante as operações previstas até finais de 1944. Sabemos que os nossos aliados ocidentais estão a planear, finalmente, a abertura de uma nova frente de operações contra a Alemanha realizando um espectacular desembarque de tropas em França. Os nossos aliados, agora, estão com pressa. Têm medo de que derrotemos a Alemanha nazi sem eles. É evidente que temos interesse em ver os alemães obrigados a combater em duas frentes e não somente contra nós. A situação tornar-se-á muito mais difícil para eles. Não conseguirão resistir».
A libertação da Bielorússia e da Ucrânia estava para breve. O Exército Vermelho, apesar dos esquemas inventados por Churchill para colocar um governo reaccionário em Varsóvia, libertaria a Polónia e entraria nas históricas planícies da velha Prússia. Depois, atingiria Berlim, a capital do Reich e de todas as decadências, a mais apetecida cidade do mundo. O Exército Vermelho só estacou quanto a bandeira da URSS foi vista a flutuar no telhado do Reichstag. Era isto que os dirigentes do capitalismo mais temiam que acontecesse. Mas foi o que, evidentemente, aconteceu. Só que durante as brilhantes comemorações do 60º aniversário dos desembarques na Normandia, esqueceram-se de dizer a verdade.
Sir Winston Churchill confessa
Mensagem do Primeiro-Ministro britânico dirigida a Roosevelt em 01.04.1945:
«Obviamente, os exércitos do Norte e do Centro deviam, agora, marchar a toda a velocidade na direcção do Elba. Mas o general Eisenhower, feitos os seus cálculos quanto às possibilidades de resistência dos alemães, deseja alterar esse objectivo dirigindo-se mais para Sul, para Leipzig e Dresden. Digo, muito francamente, que Berlim continua a apresentar a mais alta importância estratégica. Nada exercerá maior efeito psicológico ou provocará mais desespero no conjunto das forças nazis que ainda se batem, do que a queda de Berlim. Para o povo alemão, a perda da sua capital será o sinal supremo da sua derrota.
«Há um outro aspecto, contudo, que me parece dever ser considerado. Sem dúvida, os exércitos soviéticos entrarão em toda a Áustria e ocuparão Viena. Se também entrarem em Berlim ganharão a impressão de terem sido eles quem esmagou e venceu toda a resistência dos nazis. Isto permanecer-lhes-á no espírito. E não os levarão tais condições a criar-nos formidáveis dificuldades no futuro?
«Considero, portanto, de um ponto de vista político, que devemos avançar na Alemanha tanto quanto possível para Leste e que se encontrássemos Berlim no horizonte devíamos, certamente, tomá-la».
Winston Leonard Spencer Churchill
In (A Segunda Guerra Mundial).
Como se vê, Churchill (1874-1965), não poupava as palavras. Prémio Nobel da Literatura (1953) explicava com brilho os seus pensamentos. Sempre que usava as expressões liberdade e democracia, hoje tão estafadas pelos filhos do globalismo, queria, precisamente, dizer uma só coisa: Capitalismo.
Se há pessoas que não deviam ter ocupado lugar nas celebrações do «Dia-D», essas pessoas chamam-se George W. Bush e Tony Blair. Tudo o que representam, actualmente, contradiz e ofende a generosidade dos milhares de soldados que atravessaram o Canal da Mancha e desembarcaram nas praias designadas, militarmente, como Utah, Omaha, Gold, Juno, Sword. Mas eles lá estavam, perfeitos seguidores no Iraque e noutros locais, de tudo o que os hitlerianos fizeram. E receberam do mundo um reconhecimento e uma atenção a que não têm direito. Também a presença do chanceler germânico, Gerhard Schroder, suscitou reparos, mais no seu próprio país do que entre os vencedores. Os alemães criticaram o chefe do governo social-democrata por ter visitado o cemitério de Ranville onde apenas repousam 322 soldados que tombaram pelo nazismo, ignorando, porém, o de La Cambe onde se acham os restos mortais de 21 000 homens que combateram frente a frente com os invasores da Normandia.
Surgiram do mar pela madrugada...
Naturalmente, os principais momentos das celebrações foram os desfiles dos veteranos. Emocionante rever os homens que, há 60 anos, travaram conhecimento com a brutalidade da guerra em locais que ficaram para a História do conflito que ensanguentou o mundo, como Bayeux, Coureseulles-sur-Mer, Caen, Ouistreham, Asnelles, Arromanches, Le Mesnil. Tinham surgido em pleno Canal da Mancha na madrugada de 6 de Junho de 1944 para libertar a pátria de Clemenceau e Charles de Gaulle, ou assim lhes fora dito, para derrotar o nazismo e contribuir na tarefa de construção de um mundo novo que nasceria como resultado do seu esforço. Mas, hoje, apesar daqueles rostos heroicamente orgulhosos que vimos nos desfiles, quem se coloca na frente das celebrações do «Dia D» é o sistema socio-económico que nos governa. O capitalismo conseguiu sobreviver à guerra e aos acontecimentos que se lhe seguiram. E embora caminhe, tresloucadamente, para a inevitável catástrofe, ainda se permite chamar a si, descarada e mentirosamente, a posição de vencedor da guerra, o que os 20 milhões que tombaram para que a URSS continuasse patentemente negam.
A presença de Vladimir Putin, absolutamente justificada, foi particularmente passada em claro pelas televisões ocidentais. Teriam os soviéticos, de facto, desempenhado algum papel relevante durante a guerra? Somos levados a crer que a generalidade dos programas e dos trabalhos jornalísticos publicados em quase todos os países sobre a invasão das Normandia e a sua inserção no quadro geral da guerra só tinham um objectivo – o de ignorar a grande verdade, a suprema verdade de que a Alemanha nazi foi derrotada em Moscovo, em Estalinegrado e em Kursk, não nas praias normandas apesar dos méritos evidentes da gigantesca operação comandada pelos generais Eisenhower e Montgomery. Quando o «Dia D» aconteceu, Adolf Hitler já tinha perdido a guerra. A URSS, o Exército Vermelho, o povo soviético, o Partido Comunista, tinham-na ganho.
A Voz da História
O plano do OKW (Oberkommando der Wehrmacht) ou Alto-Comando do Exército nazi) para o Verão de 1944, compreendia a intensificação da resistência no teatro de operações de Leste e o afastamento dos invasores anglo-americano-canadianos que surgiriam na Normandia a 6 de Junho. Se o cenário previsto se transformasse em realidade, a Alemanha poderia, ainda, ganhar a guerra. Mas tratava-se de um plano irreal. Os dirigentes nazis alimentavam a ilusão de fazer aquilo que, antes, os anglo-americanos haviam tentado. Enquanto estes tinham pretendido arquitectar o choque fatal em que a Alemanha e a URSS se destruiriam, mutuamente, agora, os hitlerianos, planeavam unir-se aos aliados ocidentais para que, todos, se lançassem na destruição feroz e animalesca da pátria de Lenine.
A verdade é que a formação dos exércitos das potências ocidentais, que seriam comandados por Montgomery, Bradley, Hodges, Devers, Patton, Simpson, Crerar, ameaçava uma campanha brutal de avanços decisivos para a conquista do coração da Alemanha. Isto levou Jukov, o comandante-geral das forças soviéticas em operações contra o Reich, a declarar: «A batalha por Berlim, começou». Ao fazer esta afirmação, o glorioso chefe militar no comando do Exército Vermelho, voava para Moscovo. A «Stavka», organismo superior que dirigia a guerra patriótica da URSS, a que presidia Estaline, convocara-o para uma reunião crucial. Jukov não tinha dúvidas de que iria ser discutida a futura estratégia quanto ao esforço final para liquidação da Alemanha, agora que os invasores nazis recuavam em toda a linha na Bielorússia, o grupo de tropas hitlerianas em operações na Crimeia fora aniquilado e a cidade heróica de Sebastopol estava livre. A libertação total da URSS anunciava-se.
Do gabinete de Antonov (Chefe do Estado-Maior do Exército Vermelho, na altura) Jukov telefonou para o Kremlin. Poskrebychev, o secretário do Comandante Supremo, confirmou-lhe que seria recebido às cinco da tarde. Estávamos a 23 de Abril de 1944. Presentes, além dos membros normais da «Stavka» e do próprio Antonov, o marechal N. Fedorienko (comandante das fôrças blindadas de todo o Exército Vermelho), o coronel-general da Força Aérea, Novikov, e um vice-presidente do Conselho dos Comissários do Povo, V. A. Malichev. Stalin fez uma breve exposição da situação nos diversos teatros de guerra e pediu a Fedorienko e a Novikov que fornecessem detalhes quanto à capacidade das indústrias de material de guerra para que se tivesse a certeza de que nos meses que se aproximavam a produção de aviões e tanques correspondesse às necessidades operacionais que já se previam. Depois, deu a palavra a Jukov.
«Comecei por concordar com algumas considerações que Antonov tinha já feito» relataria Jukov, mais tarde. E continuou: «O meu ponto de vista aproximava-se do de Antonov quanto às dificuldades que teríamos de enfrentar nas frentes germano-soviéticas a partir do Verão de 1944. Mas Estaline interrompeu-me».
Disse o Comandante Supremo: «Os problemas que apontais não serão os únicos que nos esperam durante as operações previstas até finais de 1944. Sabemos que os nossos aliados ocidentais estão a planear, finalmente, a abertura de uma nova frente de operações contra a Alemanha realizando um espectacular desembarque de tropas em França. Os nossos aliados, agora, estão com pressa. Têm medo de que derrotemos a Alemanha nazi sem eles. É evidente que temos interesse em ver os alemães obrigados a combater em duas frentes e não somente contra nós. A situação tornar-se-á muito mais difícil para eles. Não conseguirão resistir».
A libertação da Bielorússia e da Ucrânia estava para breve. O Exército Vermelho, apesar dos esquemas inventados por Churchill para colocar um governo reaccionário em Varsóvia, libertaria a Polónia e entraria nas históricas planícies da velha Prússia. Depois, atingiria Berlim, a capital do Reich e de todas as decadências, a mais apetecida cidade do mundo. O Exército Vermelho só estacou quanto a bandeira da URSS foi vista a flutuar no telhado do Reichstag. Era isto que os dirigentes do capitalismo mais temiam que acontecesse. Mas foi o que, evidentemente, aconteceu. Só que durante as brilhantes comemorações do 60º aniversário dos desembarques na Normandia, esqueceram-se de dizer a verdade.
Sir Winston Churchill confessa
Mensagem do Primeiro-Ministro britânico dirigida a Roosevelt em 01.04.1945:
«Obviamente, os exércitos do Norte e do Centro deviam, agora, marchar a toda a velocidade na direcção do Elba. Mas o general Eisenhower, feitos os seus cálculos quanto às possibilidades de resistência dos alemães, deseja alterar esse objectivo dirigindo-se mais para Sul, para Leipzig e Dresden. Digo, muito francamente, que Berlim continua a apresentar a mais alta importância estratégica. Nada exercerá maior efeito psicológico ou provocará mais desespero no conjunto das forças nazis que ainda se batem, do que a queda de Berlim. Para o povo alemão, a perda da sua capital será o sinal supremo da sua derrota.
«Há um outro aspecto, contudo, que me parece dever ser considerado. Sem dúvida, os exércitos soviéticos entrarão em toda a Áustria e ocuparão Viena. Se também entrarem em Berlim ganharão a impressão de terem sido eles quem esmagou e venceu toda a resistência dos nazis. Isto permanecer-lhes-á no espírito. E não os levarão tais condições a criar-nos formidáveis dificuldades no futuro?
«Considero, portanto, de um ponto de vista político, que devemos avançar na Alemanha tanto quanto possível para Leste e que se encontrássemos Berlim no horizonte devíamos, certamente, tomá-la».
Winston Leonard Spencer Churchill
In (A Segunda Guerra Mundial).
Como se vê, Churchill (1874-1965), não poupava as palavras. Prémio Nobel da Literatura (1953) explicava com brilho os seus pensamentos. Sempre que usava as expressões liberdade e democracia, hoje tão estafadas pelos filhos do globalismo, queria, precisamente, dizer uma só coisa: Capitalismo.