Chávez não receia o referendo
Hugo Chávez submeter-se-á a referendo se essa for a vontade popular. Os resultados do processo de verificação de assinaturas devem ser conhecidos amanhã.
Descoberto um elevado número de bilhetes de identidade falsos
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela submeteu a verificação, por suspeita de fraude, mais de um milhão de assinaturas do total apresentado pelas forças da oposição para exigir um referendo ao mandato presidencial de Hugo Chávez. O processo teve lugar durante três dias e terminou no domingo, sem que se tenham registado incidentes de maior. O ex-presidente norte-americano James Carter, director do Centro com o mesmo nome, e o secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA), César Gaviria, acompanharam a verificação na qualidade de observadores. No final, em declarações à imprensa, Carter felicitou o «Conselho Nacional Eleitoral, o governo, a oposição e particularmente o povo deste grande país» pela «forma segura, ordeira e transparente» como decorreu o processo, que qualificou como «extremamente difícil».
Após um encontro com Carter e Gaviria, o presidente venezuelano reafirmou a sua intenção de acatar o resultado do CNE e de aceitar o referendo se for essa a vontade popular. Chávez manifestou no entanto a suas «preocupação» pelo facto de os dirigentes da oposição - Coordenadora Democrática (CD) - não terem assumido idêntico compromisso. A CD necessita da validação de mais de 525 000 assinaturas para reunir os 20 por cento do eleitorado legalmente necessários para obrigar ao referendo.
O último dia de verificação de assinaturas ficou assinalado por acusações mútuas de tentativas de fraude entre apoiantes e opositores de Chávez, denunciou o CNE, mas a tónica geral foi de normalidade que «alguns incidentes menores» não chegam para pôr em causa, como reconheceu o próprio secretário-geral da OEA.
Tentativa de sabotagem
A vigilância que rodeou o processo de verificação de assinaturas permitiu descobrir e neutralizar alguns indivíduos que transportavam grandes quantidades de bilhetes de identidade falsos, supostamente para serem usados no processo.
A televisão estatal venezuelana chegou mesmo a mostrar imagens de locais alegadamente pertencentes à CD onde foi descoberto um elevado número de bilhetes de identidade falsificados, para além de equipamento apropriado à falsificação de documentos, material de propaganda contra os dirigentes do governo, apelos ao golpe de Estado e grande quantidade de objectos metálicos cortantes, conhecidos como «Miguelitos», que têm a particularidade de ficar sempre parados quando são atirados para as ruas.
Para as autoridades da Venezuela, este material evidencia o desespero da direita ante a impossibilidade de recolher o número de assinaturas desejado e a intenção de levar a cabo novas e injustificadas acções de violência.
O CNE anunciou que os resultados do processo de verificação devem ser conhecidos a 4 ou 5 de Junho, sublinhando que este é o único órgão legalmente competente para decidir se foram ou não recolhidas as assinaturas necessárias à realização do referendo.
Após um encontro com Carter e Gaviria, o presidente venezuelano reafirmou a sua intenção de acatar o resultado do CNE e de aceitar o referendo se for essa a vontade popular. Chávez manifestou no entanto a suas «preocupação» pelo facto de os dirigentes da oposição - Coordenadora Democrática (CD) - não terem assumido idêntico compromisso. A CD necessita da validação de mais de 525 000 assinaturas para reunir os 20 por cento do eleitorado legalmente necessários para obrigar ao referendo.
O último dia de verificação de assinaturas ficou assinalado por acusações mútuas de tentativas de fraude entre apoiantes e opositores de Chávez, denunciou o CNE, mas a tónica geral foi de normalidade que «alguns incidentes menores» não chegam para pôr em causa, como reconheceu o próprio secretário-geral da OEA.
Tentativa de sabotagem
A vigilância que rodeou o processo de verificação de assinaturas permitiu descobrir e neutralizar alguns indivíduos que transportavam grandes quantidades de bilhetes de identidade falsos, supostamente para serem usados no processo.
A televisão estatal venezuelana chegou mesmo a mostrar imagens de locais alegadamente pertencentes à CD onde foi descoberto um elevado número de bilhetes de identidade falsificados, para além de equipamento apropriado à falsificação de documentos, material de propaganda contra os dirigentes do governo, apelos ao golpe de Estado e grande quantidade de objectos metálicos cortantes, conhecidos como «Miguelitos», que têm a particularidade de ficar sempre parados quando são atirados para as ruas.
Para as autoridades da Venezuela, este material evidencia o desespero da direita ante a impossibilidade de recolher o número de assinaturas desejado e a intenção de levar a cabo novas e injustificadas acções de violência.
O CNE anunciou que os resultados do processo de verificação devem ser conhecidos a 4 ou 5 de Junho, sublinhando que este é o único órgão legalmente competente para decidir se foram ou não recolhidas as assinaturas necessárias à realização do referendo.