Um verdadeiro projecto político
Sob o lema «Jornadas Autárquicas da Cidade do Porto», a CDU fez o balanço do seu trabalho, analisou os principais estrangulamentos da cidade e avançou com propostas para a sua resolução.
O PS escolheu a CDU como alvo principal dos seus ataques
Em conversa com os jornalistas, Rui Sá, vereador do PCP na Câmara Municipal, e Teresa Lopes, da Direcção de Organização da Cidade do Porto, passado que está mais de metade do mandato autárquico, valorizaram o trabalho da CDU e acusaram a maioria PSD/CDS-PP de incapacidade em resolver os problemas do município.
«Com a sua acção na Câmara, a CDU tem demonstrado ser não apenas um projecto de oposição, constituindo, isso sim, um verdadeiro projecto político alternativo para a cidade, capaz de se afirmar pela capacidade de realização, de governamentação e de iniciativa», asseguram os comunistas, sublinhando que «é hoje reconhecido pela generalidade dos sectores do Porto que a presença da CDU, no Executivo municipal, representa uma mais valia, pela capacidade de trabalho demonstrada, pelas propostas apresentadas, pelas políticas definidas, pela intervenção diária».
Segundo o texto da conferência de imprensa, que se realizou no passado mês de Abril, a assunção de pelouros por parte da CDU permitiu, também, demonstrar que é possível manter um estilo de trabalho profundamente ligado às populações e aos seus problemas quando se exercem funções de governamentação.
«O exercício de funções por parte do vereador da CDU permitiu acrescentar uma nova característica ao designado “estilo CDU”: a assunção de responsabilidades directas pelos problemas relacionados com os seus pelouros, não se furtando a dar a cara e a dialogar com as populações nos momentos difíceis», continua o documento, dando como exemplo o caso do transplante de árvores no Marquês de Pombal, da manifestação dos moradores do Bairro do Ameal na sequência do atraso das obras dos SMAS, das roturas das condutas estruturantes do abastecimento de água e dos maus cheiros produzidos pela ETAR de Sobreiras.
Direitos em causa
Entretanto, o posicionamento dos comunistas tem causado fortes perturbações no PS, quase sempre acompanhado pelo BE, que desde cedo procurou, com falso discurso «do conluio da CDU com a direita», retirar dividendos eleitorais à esquerda que lhe permitissem concretizar, em próximos mandatos, as políticas de direita que caracterizam muitas das vertentes das políticas municipais implementadas entre 1990 e 2001.
«O PS escolheu a CDU como alvo principal dos seus ataques, não se importando de viabilizar políticas de direita e erros urbanísticos, nem de prejudicar famílias desfavorecidas, nem de calar o grito da revolta do Porto contra as políticas do Governo, desde que isso significasse derrotar as propostas da CDU», denunciou Rui Sá e Teresa Lopes.
Porque os comunistas tudo farão para continuar a intervir no sentido de resolver os principais estrangulamentos do desenvolvimento da cidade, «As Jornadas Autárquicas da CDU», reafirmaram, que se oporão, «às políticas municipais que ponham em causa os reais interesses e direitos das populações» e que «apoiarão e contribuirão para a mobilização dos moradores que tem visto os seus direitos habitacionais postos em causa por políticas irresponsáveis e por comportamentos indignos, como é o caso, do vereador da Habitação».
Transparência exigida
A CDU do Porto considerou, sábado, «completamente justificada» a sua exigência de transparência e todas as preocupações e dúvidas em relação ao modo de implementação do Plano de Pormenor das Antas (PPA).
Em comunicado, os eleitos pelo PCP recordaram o processo da compra pela Câmara do Porto da chamada «Quinta dos Salgueiros», fazendo votos de que as investigações em curso «permitam conhecer, com todos os contornos, a realidade dos factos».
As televisões SIC e TVI tornaram público, dias antes, um relatório em que a Inspecção-Geral das Finanças considera que a actuação de Nuno Cardoso no âmbito do PPA prejudicou a autarquia em pelo menos três milhões de euros, por alegado favorecimento ao FC Porto.
No comunicado divulgado, a CDU refere que a Câmara do Porto, então presidida por Fernando Gomes (PS), aprovou em 29 de Julho de 1999 a permuta do terreno com a família Ramalho, no mesmo dia em que o diário «O Jogo» publicava uma notícia «em que se afirmava que a Quinta dos Salgueiros já teria sido negociada com o FC Porto».
O vereador comunista, Rui Sá, votou, na altura, contra a deliberação camarária, questionando a avaliação do interesse público do negócio e a «falta de clareza relativamente ao efectivo proprietário da Quinta dos Salgueiros».
«Com a sua acção na Câmara, a CDU tem demonstrado ser não apenas um projecto de oposição, constituindo, isso sim, um verdadeiro projecto político alternativo para a cidade, capaz de se afirmar pela capacidade de realização, de governamentação e de iniciativa», asseguram os comunistas, sublinhando que «é hoje reconhecido pela generalidade dos sectores do Porto que a presença da CDU, no Executivo municipal, representa uma mais valia, pela capacidade de trabalho demonstrada, pelas propostas apresentadas, pelas políticas definidas, pela intervenção diária».
Segundo o texto da conferência de imprensa, que se realizou no passado mês de Abril, a assunção de pelouros por parte da CDU permitiu, também, demonstrar que é possível manter um estilo de trabalho profundamente ligado às populações e aos seus problemas quando se exercem funções de governamentação.
«O exercício de funções por parte do vereador da CDU permitiu acrescentar uma nova característica ao designado “estilo CDU”: a assunção de responsabilidades directas pelos problemas relacionados com os seus pelouros, não se furtando a dar a cara e a dialogar com as populações nos momentos difíceis», continua o documento, dando como exemplo o caso do transplante de árvores no Marquês de Pombal, da manifestação dos moradores do Bairro do Ameal na sequência do atraso das obras dos SMAS, das roturas das condutas estruturantes do abastecimento de água e dos maus cheiros produzidos pela ETAR de Sobreiras.
Direitos em causa
Entretanto, o posicionamento dos comunistas tem causado fortes perturbações no PS, quase sempre acompanhado pelo BE, que desde cedo procurou, com falso discurso «do conluio da CDU com a direita», retirar dividendos eleitorais à esquerda que lhe permitissem concretizar, em próximos mandatos, as políticas de direita que caracterizam muitas das vertentes das políticas municipais implementadas entre 1990 e 2001.
«O PS escolheu a CDU como alvo principal dos seus ataques, não se importando de viabilizar políticas de direita e erros urbanísticos, nem de prejudicar famílias desfavorecidas, nem de calar o grito da revolta do Porto contra as políticas do Governo, desde que isso significasse derrotar as propostas da CDU», denunciou Rui Sá e Teresa Lopes.
Porque os comunistas tudo farão para continuar a intervir no sentido de resolver os principais estrangulamentos do desenvolvimento da cidade, «As Jornadas Autárquicas da CDU», reafirmaram, que se oporão, «às políticas municipais que ponham em causa os reais interesses e direitos das populações» e que «apoiarão e contribuirão para a mobilização dos moradores que tem visto os seus direitos habitacionais postos em causa por políticas irresponsáveis e por comportamentos indignos, como é o caso, do vereador da Habitação».
Transparência exigida
A CDU do Porto considerou, sábado, «completamente justificada» a sua exigência de transparência e todas as preocupações e dúvidas em relação ao modo de implementação do Plano de Pormenor das Antas (PPA).
Em comunicado, os eleitos pelo PCP recordaram o processo da compra pela Câmara do Porto da chamada «Quinta dos Salgueiros», fazendo votos de que as investigações em curso «permitam conhecer, com todos os contornos, a realidade dos factos».
As televisões SIC e TVI tornaram público, dias antes, um relatório em que a Inspecção-Geral das Finanças considera que a actuação de Nuno Cardoso no âmbito do PPA prejudicou a autarquia em pelo menos três milhões de euros, por alegado favorecimento ao FC Porto.
No comunicado divulgado, a CDU refere que a Câmara do Porto, então presidida por Fernando Gomes (PS), aprovou em 29 de Julho de 1999 a permuta do terreno com a família Ramalho, no mesmo dia em que o diário «O Jogo» publicava uma notícia «em que se afirmava que a Quinta dos Salgueiros já teria sido negociada com o FC Porto».
O vereador comunista, Rui Sá, votou, na altura, contra a deliberação camarária, questionando a avaliação do interesse público do negócio e a «falta de clareza relativamente ao efectivo proprietário da Quinta dos Salgueiros».