O programa comunitário de medidas de combate e prevenção da exclusão previa uma verba para o período 2002-2006 de apenas 75 milhões de euros. Tendo em conta o próximo alargamento da UE, o Parlamento Europeu aprovou na passada semana um insignificante reforço de mais 10 milhões de euros.
Salientando que a verba inicial apenas permitia um gasto de 15 milhões de contos anuais no conjunto dos 15 estados-membros, Ilda Figueiredo considerou ainda mais escandalosa a dotação agora aprovada que, numa União alargada a mais dez países com rendimentos inferiores à média comunitária, apenas permitirá uma despesa de dois milhões de euros por ano.
A deputada lembrou que na actual União 15 por cento da população (mais de 57 milhões de pessoas) vivem em risco de pobreza, o que devia transformar o combate à exclusão social numa das maiores prioridades das políticas comunitárias.