Após ter perdido, há quase um ano, a batalha pelas 35 horas nas empresas do leste da Alemanha, o poderoso sindicato dos metalúrgicos alemães, IG Metall, assinou no passado mês de Fevereiro um acordo com o patronato que permite o aumento do horário semanal de trabalho.
Qualquer alteração deverá passar por acordos de empresa validados pelo IG Metall e não poderá aplicar-se aos operários da montagem, mas apenas aos sectores de mão-de-obra altamente qualificada, como é o caso da investigação e desenvolvimento, planificação ou formação.
Apesar disso, numerosas empresas já exigiram a abertura de negociações, ameaçando deslocalizar a produção caso não seja alcançado um entendimento.
A DaimlerChrysler é uma das que já anunciou ter chegado a acordo com o IGMetall, que lhe permitirá propor a dez mil assalariados um horário de 40 horas em troca de um aumento salarial proporcional, mas sem qualquer compensação a título de horas suplementares.
Marcas como a Porsche, Continental ou Siemens revelaram que estão igualmente a negociar neste domínio. Ao todo estima-se que 270 empresas alemãs possam vir a reintroduzir em breve o horário das 40 horas semanais.