Dia Internacional da Mulher

É tempo de acção e de luta!

Colóquios, debates, encontros, plenários, convívios, visitas a empresas e acções de rua decorrem, por todo o País, para celebrar o Dia Internacional da Mulher, que se comemora desde 1911 para promover a igualdade de direitos entre os sexos, a justiça e o desenvolvimento.
No Porto, a Direcção de Organização Regional (DORP) do PCP evocou o 8 de Março com uma iniciativa no Parque da Cidade, onde juntou diversos artistas plásticos na pintura de um painel colectivo evocativo do Dia Internacional da Mulher. Julia Pintão, Ana Maria, Péssimo, Manuel Sarmento e Acácio de Carvalho foram alguns dos vários artistas que deram cor a este dia, e cuja obra foi apreciada pelos milhares de pessoas que frequentaram o Parque da Cidade.
A comemoração da data foi associada aos 30 anos de Abril, relembrando as lutas das mulheres na conquista de importantes transformações no estatuto de igualdade e dos seus direitos: «bem como na forma de estar na vida e na evolução dos homens e das mulheres», como referiu a DORP, num postal distribuído a mais de mil mulheres, durante a iniciativa. «O nosso apelo hoje e sempre é para que as mulheres tomem nas suas mãos a defesa dos seus direitos», afirma a DORP.
Bem perto da cidade invicta, Carlos Carvalhas, secretário-geral do PCP, encontrou-se com trabalhadoras da empresa de calçado Eccolet, em Santa Maria da Feira.
Entretanto, porque o Dia Internacional da Mulher foi, este ano, marcado por uma forte regressão social, em que as mulheres são as mais afectadas, a União de Sindicatos de Lisboa promoveu, segunda-feira, na Rua Augusta, uma iniciativa onde foram ouvidos testemunhos de mulheres vítimas de discriminação e injustiças nos locais de trabalho e fora deles. Sob o lema «Defender os direitos, construir a igualdade, afirmar Abril», a CGTP-IN realizou, em múltiplas localidades das diferentes regiões do país, várias outras iniciativas deste género.
Perante a, cada vez maior, degradação das condições de vida da população e a mais violenta ofensiva pelo Governo PSD/CDS-PP contra os direitos dos trabalhadores e das mulheres, a oposição a esta política era visível: «Vamos estar na Jornada de Luta de 11 de Março».

Contra a discriminação

No dia em que se homenageou a luta heróica, há 147 anos, das operárias de uma fábrica têxtil de Nova Iorque, a Organização Regional de Castelo Branco da JCP aproveitou a data para lançar um documento sobre as mulheres e a sua luta.
«Este dia simboliza as lutas diárias que as mulheres enfrentam no seu local de trabalho, nas suas casas, nas rua... Lutas essas que tiveram como fim acabar com as acentuadas desigualdades de direitos, as discriminações no emprego, a alcance da igualdade na sociedade e também o fim da discriminação dos direitos sexuais e reprodutivos a que a mulher está sujeita», lê-se na nota dos jovens comunistas.
Numa altura de grande agitação social, a JCP sublinha que se deve continuar a defender a despenalização do aborto e condenar «as consequências de uma lei que não tem em conta a mulher e os seus sentimentos, mas tem como objectivo condená-la por um crime não cometido».
A JCP, solidarizando-se com a luta diária de mulheres que ainda hoje enfrentam condições de discriminação «impensáveis» e «inadmissíveis» para os tempos de correm, apela ainda a todas as pessoas para que se juntem a esta causa, «tentando assim tornar o mundo num só, onde os direitos são iguais para ambos os sexos».




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