Cuba debaixo de fogo
A bancada comunista bateu-se, frontal e dignamente, sozinha, contra um gesto de baixa política protagonizado pela maioria de direita parlamentar que apresentou um voto dito de «repúdio» pela posição assumida pelo governo cubano quanto à deslocação de um cidadão daquele país, Oswaldo Paya, a Bruxelas.
«A Assembleia da República não se prestigia se aprovar este voto, que deve ser imediatamente retirado», ainda advertiu o líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares,
que viu no texto apresentado pela maioria PSD/CDS-PP um acto de «de má-fé».
O deputado comunista contestou a afirmação, contida no texto, de que o «Governo de Cuba impediu, uma vez mais, a deslocação de Oswaldo Paya à entrega do Prémio Sakharov», lembrando que em 2002 ele pôde deslocar-se a
Bruxelas para a atribuição daquele prémio a si próprio.
As bancadas do PS e do BE, pela voz dos deputados Vera Jardim e Luís Fazenda, embora criticando o conteúdo do documento apresentado pela maioria – chegaram mesmo a sublinhar a sua «fragilidade» e «falta de cuidado», considerando-os factores que não contribuem «para o prestígio da Assembleia da República» - votaram ao lado do PS e do CDS/PP, invocando, não terem «dois pesos e duas medidas» e estarem «sempre do lado da liberdade». È de presumir, com tanta coerência, que neste conceito de «liberdade» que dizem defender incluam a de os EUA desenvolverem, há décadas, uma política de terrorismo de Estado contra o povo e a revolução cubana.
«A Assembleia da República não se prestigia se aprovar este voto, que deve ser imediatamente retirado», ainda advertiu o líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares,
que viu no texto apresentado pela maioria PSD/CDS-PP um acto de «de má-fé».
O deputado comunista contestou a afirmação, contida no texto, de que o «Governo de Cuba impediu, uma vez mais, a deslocação de Oswaldo Paya à entrega do Prémio Sakharov», lembrando que em 2002 ele pôde deslocar-se a
Bruxelas para a atribuição daquele prémio a si próprio.
As bancadas do PS e do BE, pela voz dos deputados Vera Jardim e Luís Fazenda, embora criticando o conteúdo do documento apresentado pela maioria – chegaram mesmo a sublinhar a sua «fragilidade» e «falta de cuidado», considerando-os factores que não contribuem «para o prestígio da Assembleia da República» - votaram ao lado do PS e do CDS/PP, invocando, não terem «dois pesos e duas medidas» e estarem «sempre do lado da liberdade». È de presumir, com tanta coerência, que neste conceito de «liberdade» que dizem defender incluam a de os EUA desenvolverem, há décadas, uma política de terrorismo de Estado contra o povo e a revolução cubana.