Terça e quarta-feira da próxima semana, entre as 6 e as 10 horas, estarão em greve os trabalhadores de movimento do Metropolitano de Lisboa, informou a Festru/CGTP-IN, que na semana passada acusou o conselho de gerência de agir «de má-fé», pelo comportamento assumido na negociação do Acordo de Empresa. Pela contraproposta enviada pelo CG, a federação sindical concluiu que os responsáveis da empresa pretendem «que não haja lugar à negociação e, como sempre, à assinatura de um possível acordo, tentando assim fazer escoar o tempo útil do nosso AE, até à sua caducidade, por falta de renovação».
A gerência recusa negociar a introdução de novas cláusulas, propostas pela Festru, e remete a tabela salarial e subsídios de função para contactos directos de negociação. Matérias como o regime de faltas e ausências, os acidentes de trabalho e doenças profissionais, ou o trabalho nocturno são inteiramente remetidas para a lei geral (o novo Código do Trabalho). A jornada de trabalho, na versão do CG, poderia prolongar-se por mais 4 horas, enquanto o horário semanal chegaria até às 60. As férias passariam de 24 para 22 dias úteis, acabaria o período considerado de «férias frias» e os trabalhadores teriam ainda perdas importantes quanto a diuturnidades, complementos de pensões e reformas, transportes, descanso semanal e feriados.