Umas das consequências – escondida pela direita, programada pelo capital, denunciada pelo PCP - das liberalizações decididas a nível europeu é a concentração dos sectores estratégicos do conjunto dos...
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Não são queimadas na ágora (*) nem sujeitas ao Martelo das Bruxas (**) as mulheres do nosso tempo, mas o desenvolvimento histórico e social em geral está longe de reconhecer, respeitar e potenciar a inteligência, a capacidade produtiva e criativa e o papel da mulher na sociedade.
É indisfarçável o desconforto que as comemorações da Revolução de Abril causam ao Presidente da República. Não é caso único: basta ver o chorrilho de disparates e provocações que os representantes dos partidos da política de direita disseram no Parlamento este ano. Nada que nos surpreenda: os ideais, o projecto e as conquistas de Abril são o oposto dos seus interesses e é por isso natural que os pretendam esconder e diminuir. Neste seu quinto discurso na sessão solene do 25 de Abril, Cavaco Silva voltou a dar largas às suas «preocupações» com a juventude. Em 2006 questionava-se sobre o sentido a dar à «efeméride», segundo ele gasta e nada motivadora. Em 2007 referia-se às comemorações como «um ritual que já diz pouco» à juventude. Em 2008 indignava-se com a «ignorância» dos jovens sobre a história de Portugal. Em 2010, referindo-se aos três milhões de portugueses nascidos depois de 1974 que «vêem a democracia como um dado adquirido», alerta: «a injustiça social cria sentimentos de revolta, sobretudo quando lhe está associada a ideia de que não há justiça igual para todos». Cavaco Silva sabe que a política de direita praticada pelo PS, PSD e CDS, com o alto patrocínio do grande capital, piorou muito a situação da juventude. Sabe que a taxa de abandono escolar era de mais de 36% em 2007, que as propinas aumentaram 425% entre 1997 e 2009, que 60% dos jovens trabalhadores têm um contrato de trabalho precário, que cerca de 20% dos desempregados têm menos de 25 anos. Mas também sabe que milhares de estudantes do ensino secundário e do superior se manifestaram neste ano lectivo, que são cada vez mais os jovens trabalhadores a participar nas acções de luta, que entre 2004 e 2008 foram cerca de 45 mil os jovens que se sindicalizaram em sindicatos da CGTP-IN. E sabe que muitos milhares de jovens participaram nas comemorações populares do 25 de Abril em todo o país, desmentindo com a sua presença e a sua alegria todas as teses sobre «rituais gastos e passadistas». É porque o grande capital sabe isto tudo que Cavaco avisa sobre os «sentimentos de revolta» e que se dedicam tantos esforços à ofensiva ideológica contra os jovens. Não vão eles querer Abril de novo...
As seis senhoras cubanas…
Realizou-se no passado sábado em Lisboa um debate promovido pela Associação de Amizade Portugal-Cuba onde participaram mais de uma centena de pessoas, além de conhecidos e conhecedores oradores, entre os quais o embaixador de Cuba em Portugal....
O bicentenário do início da gesta libertadora de Bolívar serviu de mote à IX Cimeira da ALBA, realizada dia 19 em Caracas. O acontecimento revestiu-se de profundo significado. Volvidos 200 anos, a Revolução Bolivariana na Venezuela é uma realidade tangível e uma das...
Quando tomou posse, em Janeiro último, o novo presidente da CIP enunciou como um dos principais objectivos que se colocam à organização dos patrões o de contribuir, com a sua «quota parte de esforço, na responsabilidade colectiva de ajudar a resolver os problemas...