«Catástrofe iminente»
As muralhas de Santarém correm o risco de se desmoronar. Em carta aberta, «Os Verdes» acusam o Governo de nada fazer para solucionar o problema.
Esperamos que este alerta não seja em vão
«Segundo os técnicos (do LNEC) que acompanham há longos anos estas encostas, a instabilidade não só continua, como atinge níveis muito preocupantes tanto o lado da Estrada Nacional 114 como o da Calçada de Alfange», lê-se no documento, entregue na passada semana a Carmona Rodrigues, ministro das Obras Públicas.
«Os Verdes» dizem também que, numa visita do grupo parlamentar realizada há poucos dias no local, aqueles técnicos informaram que «existem todas as condições para que no próximo Inverno novas e maiores derrocadas possam acontecer».
Manuela Cunha explicou que só uma intervenção de fundo na base das encostas, nomeadamente na rede de drenagem para impedir que a infiltração de água torne as terras movediças, pode evitar uma «verdadeira catástrofe».
A Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais tem feito algumas intervenções, no entanto não chegaram para impedir os desmoronamentos de 1995, do lado da Estrada Nacional 114, que ficou intransitável durante vários meses, e do Inverno de 2000/2001.
«Os Verdes» dizem ainda que a intervenção nas encostas não pode ficar por remendos nos locais de feridas, derrocada após derrocada, e defendem uma intervenção de fundo, há muito apontada nos estudos do LNEC.
A carta termina com um apelo ao ministro para se deslocar até ao local e verificar a urgência do caso: «contamos, senhor Ministro, com a sua sensibilidade e esperamos que este alerta não seja em vão. O Inverno vem aí».
Preocupações...
Na mesma semana, «Os Verdes» exigiram que o ministro do Ambiente, Amílcar Theias, explique o atraso na revisão do Plano de Ordenamento do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e da Orla Costeira de Vilamoura.
Através de dois requerimentos entregues na Assembleia da República, a deputada do PEV, Isabel Castro, confrontou o ministro com o atraso verificado nos dois projectos, recordando que no caso da revisão do Plano de Ordenamento do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e da Costa Vicentina «a actual direcção se encontra demissionária».
No segundo requerimento, referente ao Plano de Ordenamento da Orla Costeira de Vilamoura, o PEV exigiu idênticas explicações, alertando ainda para o facto de terem passado «mais de seis meses» sobre o período fixado para a consulta pública do documento.
Dias antes, uma comitiva de dirigentes de «Os Verdes» visitou o Paul do Boquilobo, concelho de Torres Novas, mostrando-se preocupada com a deterioração desta reserva natural, ameaçada pela agricultura intensiva da região.
Durante o encontro, a deputada Isabel Castro criticou a contaminação da Vala das Cordas e defendeu a requalificação da Estação de Tratamento de Águas Residuais, a montante do Paul do Boquilobo.
A dirigente criticou ainda as políticas das autarquias sobre o sector, acusando-as de entregar uma gestão de interesse público nas mãos de monopólios privados.
«Os Verdes» dizem também que, numa visita do grupo parlamentar realizada há poucos dias no local, aqueles técnicos informaram que «existem todas as condições para que no próximo Inverno novas e maiores derrocadas possam acontecer».
Manuela Cunha explicou que só uma intervenção de fundo na base das encostas, nomeadamente na rede de drenagem para impedir que a infiltração de água torne as terras movediças, pode evitar uma «verdadeira catástrofe».
A Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais tem feito algumas intervenções, no entanto não chegaram para impedir os desmoronamentos de 1995, do lado da Estrada Nacional 114, que ficou intransitável durante vários meses, e do Inverno de 2000/2001.
«Os Verdes» dizem ainda que a intervenção nas encostas não pode ficar por remendos nos locais de feridas, derrocada após derrocada, e defendem uma intervenção de fundo, há muito apontada nos estudos do LNEC.
A carta termina com um apelo ao ministro para se deslocar até ao local e verificar a urgência do caso: «contamos, senhor Ministro, com a sua sensibilidade e esperamos que este alerta não seja em vão. O Inverno vem aí».
Preocupações...
Na mesma semana, «Os Verdes» exigiram que o ministro do Ambiente, Amílcar Theias, explique o atraso na revisão do Plano de Ordenamento do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e da Orla Costeira de Vilamoura.
Através de dois requerimentos entregues na Assembleia da República, a deputada do PEV, Isabel Castro, confrontou o ministro com o atraso verificado nos dois projectos, recordando que no caso da revisão do Plano de Ordenamento do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e da Costa Vicentina «a actual direcção se encontra demissionária».
No segundo requerimento, referente ao Plano de Ordenamento da Orla Costeira de Vilamoura, o PEV exigiu idênticas explicações, alertando ainda para o facto de terem passado «mais de seis meses» sobre o período fixado para a consulta pública do documento.
Dias antes, uma comitiva de dirigentes de «Os Verdes» visitou o Paul do Boquilobo, concelho de Torres Novas, mostrando-se preocupada com a deterioração desta reserva natural, ameaçada pela agricultura intensiva da região.
Durante o encontro, a deputada Isabel Castro criticou a contaminação da Vala das Cordas e defendeu a requalificação da Estação de Tratamento de Águas Residuais, a montante do Paul do Boquilobo.
A dirigente criticou ainda as políticas das autarquias sobre o sector, acusando-as de entregar uma gestão de interesse público nas mãos de monopólios privados.