Governo menospreza jovens licenciados
O desemprego está a crescer, em especial nos jovens licenciados. O distrito de Lisboa é o mais afectado, como denunciou a Interjovem, anteontem.
O Governo está a desperdiçar o investimento do Estado e dos jovens
Algumas dezenas de jovens licenciados desempregados concentraram-se na Praça de Londres, em Lisboa, junto ao Ministério do Trabalho, para discutir o aumento do desemprego e a precariedade. Na iniciativa foi contestada a política do Governo e no fim foi entregue uma carta aberta ao ministro da Segurança Social e do Trabalho, Bagão Félix.
O documento refere que é no seio dos jovens, particularmente nos jovens recém-licenciados do distrito de Lisboa, que se sentem os efeitos mais nefastos da política «cega e intransigente» do Governo (ver texto nesta página). Muitos dos jovens entram no mercado de trabalho para desempenharem funções em áreas muito diferentes dos seus estudos, muitas delas desqualificadas.
Por isso, a Interjovem exige a promoção de políticas de emprego de qualidade, «a que têm direito os jovens em geral e, em particular, muitos já altamente qualificados: as dezenas de milhar de licenciados e bacharéis que estão no desemprego ou sub-ocupados».
«É urgente apostar na valorização do trabalho e do emprego dos jovens, dando combate à economia clandestina, às falências e encerramento de empresas, às saídas precoces do mercado de trabalho e à precariedade», considera a organização.
Governo insensível
«Mais uma vez, o Governo menospreza qualificações e experiências adquiridas, gorando as expectativas dos jovens e das suas famílias. Menospreza os efeitos negativos do aumento do desemprego e da precariedade nas condições de subsistência, nas relações familiares e sociais, dos problemas psicológicos inerentes a estas situações», lê-se na carta aberta.
A Interjovem considera que o executivo de Durão Barroso está a desperdiçar o elevado investimento que o Estado, os jovens e as famílias fizeram, além de não rentabilizar os saberes e dificultar a organização e planificação da vida dos jovens licenciados. «A errada estratégia económica do Governo, os efeitos perversos do discurso da inevitabilidade do desemprego e o impacto destrutivo do Código do Trabalho têm conduzido a grandes retrocessos sociais», sustenta.
A desarticulação entre a política de ensino e as necessidades do actual mercado de trabalho têm sido uma constante, demonstrando mais uma vez a insensibilidade e a falta de lucidez e preocupação pelos verdadeiros problemas dos jovens portugueses. Não se combate os problemas concretos da juventude. Pelo contrário, continua-se a agravá-los, numa postura autista e intolerável, onde o discurso predominante considera como naturais todos estes graves problemas sociais», acusa a Interjovem.
Prepotência patronal
A organização considera que o Governo estimula a prepotência patronal e, através do Código do Trabalho, pretende desregulamentar ainda mais as relações laborais, tornando a mão-de-obra mais barata. «Não é com mais desemprego, mais precaridade e baixos salários que conseguiremos um efectivo desenvolvimento económico do País, muito menos uma melhoria das condições de vida dos jovens e das suas famílias», garante.
«Somos jovens, somos o presente e o futuro deste país. Agora e sempre, defenderemos os nossos direitos contra quem os quer pôr em causa», conclui a Interjovem na carta aberta a Bagão Félix.
O documento refere que é no seio dos jovens, particularmente nos jovens recém-licenciados do distrito de Lisboa, que se sentem os efeitos mais nefastos da política «cega e intransigente» do Governo (ver texto nesta página). Muitos dos jovens entram no mercado de trabalho para desempenharem funções em áreas muito diferentes dos seus estudos, muitas delas desqualificadas.
Por isso, a Interjovem exige a promoção de políticas de emprego de qualidade, «a que têm direito os jovens em geral e, em particular, muitos já altamente qualificados: as dezenas de milhar de licenciados e bacharéis que estão no desemprego ou sub-ocupados».
«É urgente apostar na valorização do trabalho e do emprego dos jovens, dando combate à economia clandestina, às falências e encerramento de empresas, às saídas precoces do mercado de trabalho e à precariedade», considera a organização.
Governo insensível
«Mais uma vez, o Governo menospreza qualificações e experiências adquiridas, gorando as expectativas dos jovens e das suas famílias. Menospreza os efeitos negativos do aumento do desemprego e da precariedade nas condições de subsistência, nas relações familiares e sociais, dos problemas psicológicos inerentes a estas situações», lê-se na carta aberta.
A Interjovem considera que o executivo de Durão Barroso está a desperdiçar o elevado investimento que o Estado, os jovens e as famílias fizeram, além de não rentabilizar os saberes e dificultar a organização e planificação da vida dos jovens licenciados. «A errada estratégia económica do Governo, os efeitos perversos do discurso da inevitabilidade do desemprego e o impacto destrutivo do Código do Trabalho têm conduzido a grandes retrocessos sociais», sustenta.
A desarticulação entre a política de ensino e as necessidades do actual mercado de trabalho têm sido uma constante, demonstrando mais uma vez a insensibilidade e a falta de lucidez e preocupação pelos verdadeiros problemas dos jovens portugueses. Não se combate os problemas concretos da juventude. Pelo contrário, continua-se a agravá-los, numa postura autista e intolerável, onde o discurso predominante considera como naturais todos estes graves problemas sociais», acusa a Interjovem.
Prepotência patronal
A organização considera que o Governo estimula a prepotência patronal e, através do Código do Trabalho, pretende desregulamentar ainda mais as relações laborais, tornando a mão-de-obra mais barata. «Não é com mais desemprego, mais precaridade e baixos salários que conseguiremos um efectivo desenvolvimento económico do País, muito menos uma melhoria das condições de vida dos jovens e das suas famílias», garante.
«Somos jovens, somos o presente e o futuro deste país. Agora e sempre, defenderemos os nossos direitos contra quem os quer pôr em causa», conclui a Interjovem na carta aberta a Bagão Félix.