Ameaça imperialista contra a humanidade
Pela primeira vez a humanidade uniu-se na defesa da paz, caracterizando a ação norte-americana e britânica como bárbara, terrorista e expansionista do poder imperialista (o economista e sociólogo Samir Amin, em artigo divulgado pela revista Princípios n.º 68, do PC do Brasil, explicita o caráter imperialista e não imperial do projeto norte-americano porque «não se trata de controlar o conjunto das sociedades do planeta para integrá-las a um sistema capitalista coerente, mas sim de apenas apoderar-se de seus recursos»).
Depoimentos de militares e diplomatas brasileiros fundamentaram a análise da invasão do Iraque que erradamente foi denominada guerra. O embaixador Luís Augusto de Souto Maior comparou a força do exército invasor, que tem orçamento de 400 mil milhões de dólares, com a dos que defendiam o país agredido com pouco mais de 2 milhões de dólares, concluindo que não se tratou de uma guerra mas sim de uma invasão do mais forte. Lembrando as convenções que devem ser respeitadas mesmo em situações de guerra para que o mundo não mergulhe na barbárie, referiu ainda os deveres dos países mais fortes na manutenção das liberdades de cada povo: «ganhar a guerra nestas condições é uma coisa, mas ganhar a paz é outra».
Mas o que se vê não é a intenção dos imperialistas de reconstruir um país em condições democráticas, como foi anunciado. Esta é mais uma conversa «para inglês ver», assim como o apregoado motivo da «cruzada contra o terrorismo» que o Pentágono divulgou para «justificar» a invasão do Iraque. Nem bem entraram em Bagdad já a CIA, pela voz dos secretários de Estado Rumsfeld e Wolkowitz, anuncia que a próxima invasão será na Síria – que ajudou os iraquianos (timidamente, convenhamos) – e que se está no caminho da «Quarta grande guerra – depois de duas quentes e uma fria – que se dará no Médio Oriente». Com a brutalidade selvagem dos que se consideram donos do mundo – como sonhou Hitler – os porta-vozes da CIA revelam as intenções de Bush que vai continuar usando a diplomacia de um general Powell enquanto ele se deixar enrolar no falso patriotismo de um governo que não merece o povo que tem.
Desvendou-se a covardia dos norte-americanos e britânicos de bolso, uma desonra para os seus próprios povos cujos protestos não foram respeitados. Com a entrada em Bagdad, o mundo fica ao lado dos que morreram em defesa da sua pátria, da sua cultura, da sua religião, da sua dignidade, e contra os que mataram inocentes por uma ambição mesquinha e criminosa. O Papa sugeriu a Bush que deixasse de usar o nome de Deus para promover a morte e a vergonha; a humanidade exige que Bush não fale em nome dos Direitos Humanos e da Democracia quando atropela a liberdade dos povos para se apropriar dos seus recursos naturais.
Cuba sofre provocações
Ao mesmo tempo em que os invasores do Iraque coordenam o saque por bandos de marginais jogados uns contra os outros, incentivados pela sórdida campanha que há anos os meios de comunicação manipulados pelos Estados Unidos alimentam o ódio entre sunitas, xiitas e curdos naquele país, aviões e barcos cubanos são sequestrados e surge uma lista assinada por 75 pessoas denunciando o Governo de Fidel Castro por desrespeitar os Direitos Humanos.
A definição de Eixo do Mal elaborada pelos cérebros do imperialismo engloba a Coreia do Norte, Síria, Irão, e segue pelos países do Terceiro Mundo que ousarem defender a autonomia nacional e a dignidade dos seus povos. Estamos diante de uma escalada que nem Hitler sonhou nos seus delírios fascistas de controle mundial.
O que se percebe é uma frouxidão nos protestos da ONU e dos países membros que se opuseram à guerra declarada unilateralmente pelo Pentágono e Blair (que também não corresponderam à opinião dos seus povos) e em claro desrespeito aos Direitos Humanos e às decisões democráticas do Conselho de Segurança.
Vencida a resistência iraquiana, rapidamente os vagidos dos governantes opositores se transformam em reivindicação por um pedaço na reconstrução do país devastado que sofreu uma chacina, foi afundado no caos social, mas conserva o rico petróleo.
De uma assentada, os princípios democráticos representados pela ONU e por todos os textos relativos aos Direitos Humanos e de Autonomia das Nações foi atirado ao lixo para continuar a ser usado como bandeira, esvaziados dos seus princípios, pelos corvos do Pentágono (que alguns chamam de falcões). Estamos num mundo sem lei e, sem vontade política capaz de fazer frente ao poderio imperialista. Muito rapapé, diplomacia, subserviência, oportunismo, substituem os necessários comandos para uma humanidade humilhada e ameaçada de morte.
A humanidade protesta e luta
Uma juventude envelhecida precocemente pelas injustiças e pelo enfraquecimento das organizações da resistência que foram arrastadas pela implosão da União Soviética, demonstra a sua noção de dignidade humana juntando a sua voz infantil no clamor pela paz mundial. Adolescentes dos campos de refugiados palestinianos trocam cartas com os de Israel, do Líbano, de todo o mundo, descobrindo que são iguais e que se amam. Os que se exilam nos países ricos fazem discursos comovedores citando as descobertas feitas nas suas longínquas aldeias, quando para cada pedra da «intifada» davam o nome de um amigo que vivia do outro lado da cerca de arame farpado. Crianças de seis anos no Brasil perguntam indignadas porquê os adultos permitem a guerra que «as crianças não querem».
Estamos perante uma realidade dramática, em que muitos são dominados pelas falsidades ideológicas do imperialismo carregadas de promessas de consumo e riqueza, enquanto que outros, pela via de terrível sofrimento, despertam para o que de mais puro e forte traduz a essência do ser humano. Não existe espaço para os subterfúgios, para os disfarces da condição humana, as dubiedades das análises políticas. Vivemos em clima de guerra, psicológica e formadora da consciência dos povos, com exemplos criminosos dos prepotentes, mas também com o ressurgimento do desejo de resistir de uma ou várias gerações que percebem que o mundo lhes foi fechado.
Semelhanças assustadoras
Os noticiários brasileiros encadeiam as cenas de crimes contra os iraquianos e a dos bandidos armados que no Rio de Janeiro invadem a vida urbana deixando um saldo de mortos avassalador. Ambos destroem a paz, ambos são criminosos, ambos agem como terroristas, ambos se identificam pela prepotência, pela selvajaria, pelo ódio à vida harmoniosa dos povos abrindo caminho a um poder totalitário.
Os especialistas no combate à criminalidade no Brasil referem o tipo de organização dos grupos armados que desafiam as polícias, semelhante à da mafia que durante tantos anos comandou a vida em Chicago. À luz do comportamento das forças armadas norte-americana dirigidas pelo Pentágono e dos seus agentes da CIA na invasão e chacina no Iraque, que matou a torto e a direito os próprios soldados e não titubeou em atacar o hotel onde estavam os jornalistas internacionais e a sede da imprensa árabe Al-Jazeera, não podemos deixar de pensar que os bandidos armados no Brasil têm a mesma escola, a mesma frieza desumana, a mesma ambição selvagem de poder.
Assim como não podemos analisar os crimes cometidos pelas tropas da coligação a partir das condições individuais dos seus soldados, não podemos continuar a ver nos actos terroristas dos grupos armados que se escondem nas favelas do Rio e de São Paulo, consequências das condições de vida e de formação social dos marginais que se prestam a executar ordens superiores como mercenários. Não podemos misturar os conceitos relativos a prisioneiros recuperáveis por meio de educação social com o combate sem tréguas aos criminosos organizados para a destruição da sociedade brasileira. Assim como hoje poucos suportam assistir à deferência com que Bush é tratado por ser presidente dos Estados Unidos, raros são os que aceitam os privilégios permitidos a Fernandinho Beiramar com os seus mais de 20 advogados entrando e saindo sem vistoria no presídio, os seus direitos estabelecidos por leis democráticas que não se aplicam a uma situação de guerra disfarçada. Não podemos continuar a igualar os seres humanos sem distinguir criminosos organizados dos que erram por condição particular de existência. Não podemos nivelar por baixo os nossos conceitos de democracia.
Pelo respeito devido à democracia e à dignidade humana, temos que distinguir os que põem em risco a vida das sociedades. A defesa da paz é um dever de cidadania e um compromisso de acção com toda a humanidade. Queremos formar os nossos jovens com os valores mais elevados do ser humano, não com os exemplos facínoras que os donos da guerra hoje expõem através de todos os meios de comunicação social. Queremos levantar uma soberana oposição aos invasores imperialistas e condená-los, democraticamente, em tribunais internacionais como criminosos de guerra.
Mas o que se vê não é a intenção dos imperialistas de reconstruir um país em condições democráticas, como foi anunciado. Esta é mais uma conversa «para inglês ver», assim como o apregoado motivo da «cruzada contra o terrorismo» que o Pentágono divulgou para «justificar» a invasão do Iraque. Nem bem entraram em Bagdad já a CIA, pela voz dos secretários de Estado Rumsfeld e Wolkowitz, anuncia que a próxima invasão será na Síria – que ajudou os iraquianos (timidamente, convenhamos) – e que se está no caminho da «Quarta grande guerra – depois de duas quentes e uma fria – que se dará no Médio Oriente». Com a brutalidade selvagem dos que se consideram donos do mundo – como sonhou Hitler – os porta-vozes da CIA revelam as intenções de Bush que vai continuar usando a diplomacia de um general Powell enquanto ele se deixar enrolar no falso patriotismo de um governo que não merece o povo que tem.
Desvendou-se a covardia dos norte-americanos e britânicos de bolso, uma desonra para os seus próprios povos cujos protestos não foram respeitados. Com a entrada em Bagdad, o mundo fica ao lado dos que morreram em defesa da sua pátria, da sua cultura, da sua religião, da sua dignidade, e contra os que mataram inocentes por uma ambição mesquinha e criminosa. O Papa sugeriu a Bush que deixasse de usar o nome de Deus para promover a morte e a vergonha; a humanidade exige que Bush não fale em nome dos Direitos Humanos e da Democracia quando atropela a liberdade dos povos para se apropriar dos seus recursos naturais.
Cuba sofre provocações
Ao mesmo tempo em que os invasores do Iraque coordenam o saque por bandos de marginais jogados uns contra os outros, incentivados pela sórdida campanha que há anos os meios de comunicação manipulados pelos Estados Unidos alimentam o ódio entre sunitas, xiitas e curdos naquele país, aviões e barcos cubanos são sequestrados e surge uma lista assinada por 75 pessoas denunciando o Governo de Fidel Castro por desrespeitar os Direitos Humanos.
A definição de Eixo do Mal elaborada pelos cérebros do imperialismo engloba a Coreia do Norte, Síria, Irão, e segue pelos países do Terceiro Mundo que ousarem defender a autonomia nacional e a dignidade dos seus povos. Estamos diante de uma escalada que nem Hitler sonhou nos seus delírios fascistas de controle mundial.
O que se percebe é uma frouxidão nos protestos da ONU e dos países membros que se opuseram à guerra declarada unilateralmente pelo Pentágono e Blair (que também não corresponderam à opinião dos seus povos) e em claro desrespeito aos Direitos Humanos e às decisões democráticas do Conselho de Segurança.
Vencida a resistência iraquiana, rapidamente os vagidos dos governantes opositores se transformam em reivindicação por um pedaço na reconstrução do país devastado que sofreu uma chacina, foi afundado no caos social, mas conserva o rico petróleo.
De uma assentada, os princípios democráticos representados pela ONU e por todos os textos relativos aos Direitos Humanos e de Autonomia das Nações foi atirado ao lixo para continuar a ser usado como bandeira, esvaziados dos seus princípios, pelos corvos do Pentágono (que alguns chamam de falcões). Estamos num mundo sem lei e, sem vontade política capaz de fazer frente ao poderio imperialista. Muito rapapé, diplomacia, subserviência, oportunismo, substituem os necessários comandos para uma humanidade humilhada e ameaçada de morte.
A humanidade protesta e luta
Uma juventude envelhecida precocemente pelas injustiças e pelo enfraquecimento das organizações da resistência que foram arrastadas pela implosão da União Soviética, demonstra a sua noção de dignidade humana juntando a sua voz infantil no clamor pela paz mundial. Adolescentes dos campos de refugiados palestinianos trocam cartas com os de Israel, do Líbano, de todo o mundo, descobrindo que são iguais e que se amam. Os que se exilam nos países ricos fazem discursos comovedores citando as descobertas feitas nas suas longínquas aldeias, quando para cada pedra da «intifada» davam o nome de um amigo que vivia do outro lado da cerca de arame farpado. Crianças de seis anos no Brasil perguntam indignadas porquê os adultos permitem a guerra que «as crianças não querem».
Estamos perante uma realidade dramática, em que muitos são dominados pelas falsidades ideológicas do imperialismo carregadas de promessas de consumo e riqueza, enquanto que outros, pela via de terrível sofrimento, despertam para o que de mais puro e forte traduz a essência do ser humano. Não existe espaço para os subterfúgios, para os disfarces da condição humana, as dubiedades das análises políticas. Vivemos em clima de guerra, psicológica e formadora da consciência dos povos, com exemplos criminosos dos prepotentes, mas também com o ressurgimento do desejo de resistir de uma ou várias gerações que percebem que o mundo lhes foi fechado.
Semelhanças assustadoras
Os noticiários brasileiros encadeiam as cenas de crimes contra os iraquianos e a dos bandidos armados que no Rio de Janeiro invadem a vida urbana deixando um saldo de mortos avassalador. Ambos destroem a paz, ambos são criminosos, ambos agem como terroristas, ambos se identificam pela prepotência, pela selvajaria, pelo ódio à vida harmoniosa dos povos abrindo caminho a um poder totalitário.
Os especialistas no combate à criminalidade no Brasil referem o tipo de organização dos grupos armados que desafiam as polícias, semelhante à da mafia que durante tantos anos comandou a vida em Chicago. À luz do comportamento das forças armadas norte-americana dirigidas pelo Pentágono e dos seus agentes da CIA na invasão e chacina no Iraque, que matou a torto e a direito os próprios soldados e não titubeou em atacar o hotel onde estavam os jornalistas internacionais e a sede da imprensa árabe Al-Jazeera, não podemos deixar de pensar que os bandidos armados no Brasil têm a mesma escola, a mesma frieza desumana, a mesma ambição selvagem de poder.
Assim como não podemos analisar os crimes cometidos pelas tropas da coligação a partir das condições individuais dos seus soldados, não podemos continuar a ver nos actos terroristas dos grupos armados que se escondem nas favelas do Rio e de São Paulo, consequências das condições de vida e de formação social dos marginais que se prestam a executar ordens superiores como mercenários. Não podemos misturar os conceitos relativos a prisioneiros recuperáveis por meio de educação social com o combate sem tréguas aos criminosos organizados para a destruição da sociedade brasileira. Assim como hoje poucos suportam assistir à deferência com que Bush é tratado por ser presidente dos Estados Unidos, raros são os que aceitam os privilégios permitidos a Fernandinho Beiramar com os seus mais de 20 advogados entrando e saindo sem vistoria no presídio, os seus direitos estabelecidos por leis democráticas que não se aplicam a uma situação de guerra disfarçada. Não podemos continuar a igualar os seres humanos sem distinguir criminosos organizados dos que erram por condição particular de existência. Não podemos nivelar por baixo os nossos conceitos de democracia.
Pelo respeito devido à democracia e à dignidade humana, temos que distinguir os que põem em risco a vida das sociedades. A defesa da paz é um dever de cidadania e um compromisso de acção com toda a humanidade. Queremos formar os nossos jovens com os valores mais elevados do ser humano, não com os exemplos facínoras que os donos da guerra hoje expõem através de todos os meios de comunicação social. Queremos levantar uma soberana oposição aos invasores imperialistas e condená-los, democraticamente, em tribunais internacionais como criminosos de guerra.