Instabilidade governativa
O Governo sofreu cinco baixas em menos de uma semana, num arremedo de «remodelação» que terça-feira teve o seu mais recente episódio, a demissão de Dulce Franco, secretária de Estado Adjunta do ministro da Economia.
A semana começou com a demissão dos secretários de Estado do Tesouro e das Finanças, Miguel Frasquilho, e o do Turismo, Pedro Almeida.
Em declarações à Lusa, Dulce Franco afirmou que já «há vários meses» solicitara a Durão Barroso a saída do Governo, alegando discordar dos «métodos de trabalho» do ministro Carlos Tavares, o mesmo argumento utilizado por Pedro Almeida.
Já Miguel Frasquilho apresentou a demissão sem avançar publicamente quaisquer razões.
Com os três secretários de Estado (todos da área de Economia/Finanças) eleva-se para cinco o número de membros do Executivo de coligação PSD/CDS-PP a abandonarem os cargos após um ano de funções do Governo.
A crise ministerial começou na passada semana, com a demissão de Isaltino de Morais, ministro do Ordenamento do Território, Cidades e Ambiente, devido a notícias de que detinha contas bancárias na Suíça em seu nome, não declaradas ao fisco nem incluídas na Declaração de Rendimentos entregue no Tribunal Constitucional.
No dia seguinte, sexta-feira, Valente de Oliveira, ministro das Obras Públicas, pediu para abandonar o Executivo alegando «motivos de saúde».
Reacções
Em nota do Gabinete de Imprensa, emitida anteontem,Vítor Dias, da Comissão Política do PCP, comentando a reunião extraordinária do Conselho de Ministros, que se realizou domingo em Fronteira, afirmou que «foi patente a tentativa do Governo de, através da mini-remodelação e do anúncio de diversas medidas, ostentar uma grande coesão e tranquilidade e sobretudo sepultar e fazer esquecer os factos e circunstâncias desprestigiantes que provocaram a demissão do ministro das Cidades e do Ambiente».
No entanto, continua Vítor Dias, «os supervenientes pedidos de demissão de três secretários de Estado e a substituição de outro no ministério da Ciência e Ensino Superior depressa vieram pôr em evidência novos sinais de mal estar e instabilidade nas fileiras governativas, situação que não pode ser dissociada do profundo descontentamento existente na sociedade portuguesa com a desastrosa política que vêm sendo aplicada».
Em declarações à Lusa, Dulce Franco afirmou que já «há vários meses» solicitara a Durão Barroso a saída do Governo, alegando discordar dos «métodos de trabalho» do ministro Carlos Tavares, o mesmo argumento utilizado por Pedro Almeida.
Já Miguel Frasquilho apresentou a demissão sem avançar publicamente quaisquer razões.
Com os três secretários de Estado (todos da área de Economia/Finanças) eleva-se para cinco o número de membros do Executivo de coligação PSD/CDS-PP a abandonarem os cargos após um ano de funções do Governo.
A crise ministerial começou na passada semana, com a demissão de Isaltino de Morais, ministro do Ordenamento do Território, Cidades e Ambiente, devido a notícias de que detinha contas bancárias na Suíça em seu nome, não declaradas ao fisco nem incluídas na Declaração de Rendimentos entregue no Tribunal Constitucional.
No dia seguinte, sexta-feira, Valente de Oliveira, ministro das Obras Públicas, pediu para abandonar o Executivo alegando «motivos de saúde».
Reacções
Em nota do Gabinete de Imprensa, emitida anteontem,Vítor Dias, da Comissão Política do PCP, comentando a reunião extraordinária do Conselho de Ministros, que se realizou domingo em Fronteira, afirmou que «foi patente a tentativa do Governo de, através da mini-remodelação e do anúncio de diversas medidas, ostentar uma grande coesão e tranquilidade e sobretudo sepultar e fazer esquecer os factos e circunstâncias desprestigiantes que provocaram a demissão do ministro das Cidades e do Ambiente».
No entanto, continua Vítor Dias, «os supervenientes pedidos de demissão de três secretários de Estado e a substituição de outro no ministério da Ciência e Ensino Superior depressa vieram pôr em evidência novos sinais de mal estar e instabilidade nas fileiras governativas, situação que não pode ser dissociada do profundo descontentamento existente na sociedade portuguesa com a desastrosa política que vêm sendo aplicada».