A decisão do Governo de construir um Hospital Central no Algarve, sem um estudo prévio fundamentado e sem que já tenha sido aprovado o Plano Regional de Saúde, é particularmente grave, diz a Direcção da Organização Regional do Algarve do PCP a propósito da visita do ministro da Saúde a Faro, para assinar o protocolo de cedência de terrenos para a construção do futuro Hospital. Para mais, diz o PCP, tudo indica que a nova unidade de saúde, prevendo menos camas e não assegurando, por isso, a capacidade hospitalar necessária à região, vai implicar uma maior degradação das já pouco dignas condições de internamento.

A DORAL considera ainda inadmissível a desactivação do actual Hospital, não só pelo desperdício que património que significa, mas também por ir a dar lugar a um equipamento de gestão privada (embora construída com dinheiros públicos), entidade a quem dará o monopólio dos cuidados hospitalares, com todas as consequências negativas que daí advêm para trabalhadores e utentes.