«Nada justifica esta guerra e é possível impedi-la», reafirmou anteontem o Conselho Português para a Paz e a Cooperação, reagindo à adesão do primeiro-ministro português ao documento em que outros sete chefes de Estado e de governo europeus expressam apoio à administração norte-americana para um ataque contra o Iraque.

Considerando que tal posição «atrela Portugal à máquina de guerra dos EUA, em detrimento de uma política firme de resolução da crise iraquiana no seio de toda a comunidade internacional», o CPPC refere que «em todo o mundo se levanta um clamor» e as manifestações marcadas para 15 de Fevereiro em Portugal serão «uma inolvidável jornada de luta pela paz». E conclui que «é a esta vontade pela paz e repúdio pela guerra que o Governo português deve aderir».

O CPPC e mais de meia centena de organizações (entre as quais o PCP) promovem dia 15 uma manifestação em Lisboa, do Largo de Camões até ao Rossio. Para o Porto está convocada uma concentração no mesmo dia, na Praça da Batalha. Iniciativas similares estão anunciadas para outras cidades portuguesas, num jornada com âmbito internacional.