Denúncia de mentiras e desinformação

A questão venezuelana foi alvo de um debate na Associação 25 de Abril. Vasco Lourenço, presidente daquela associação, foi o moderador, sendo ladeado por André Martin, jornalista uruguaio especialista em questões latino-americanas, e José Manuel Fernandes, director do Público, que expressando opiniões totalmente distintas animaram a discussão.

Muitos dos presentes que encheram literalmente o espaço disponibilizado para a iniciativa, alguns dos quais com longos anos de vivência no país presidido por Hugo Chaves, como o embaixador venezuelano em Lisboa, ou em outras regiões latino-americanas, denunciaram com veemência as falsidades vinculadas pela quase totalidade imprensa venezuelana, de que a ocidental, incluindo a portuguesa, se apressa a fazer eco.

Desde logo se tornou evidente que chocava frontalmente a opinião do jornalista português e a da esmagadora maioria dos presentes, sendo difícil de perceber como pode alguém com responsabilidades num jornal como aquele avançar argumentos tão frágeis, para não dizer ridículos, em defesa de uma oposição a Hugo Chavez que até Judas rejeitaria. Ora, não é novidade para ninguém que as influências norte-americanas conseguem milagres na estrutura mental dos fazedores de opinião do nosso país.

Por exemplo, a afirmação de que Chaves teria oferecido um milhão de dólares à Al Queda, avançada pelo director do Público, suscitou risos e até comentários menos agradáveis, que o militar de Abril, investido em funções de apaziguador, teve de refrear.

Por outro lado, os intervenientes do outro lado do Atlântico chamaram a atenção para a extrema complexidade das realidades da América Latina e a facilidade com que a generalidade dos jornalistas portugueses emite opiniões sobre problemas que desconhece absolutamente, ou de que apenas teve conhecimento pelos despachos das agências internacionais, que, como se sabe, são propriedade do grande capital.



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