Bélgica com governo em exercício até Maio

O rei Felipe da Bélgica aceitou a demissão apresentada pelo primeiro-ministro Charles Michel, em consequência da ruptura da coligação governamental.

Depois de ouvidos os líderes políticos do país, o monarca manteve Charles Michel à frente do governo em exercício, até à realização das próximas eleições, que já estavam marcadas para 29 de Maio.

De acordo com uma nota oficial divulgada pelos meios de comunicação de Bruxelas, o rei reunir-se-á regularmente com o chefe do governo em funções e com o presidente da Câmara de Representantes para acompanhar a evolução desta «situação excepcional».

O mais alto representante do Estado belga pediu aos partidos e às instituições para dar «uma resposta apropriada aos desafios económicos, orçamentais e internacionais», tendo em consideração as expectativas dos cidadãos, «especialmente no plano social e ambiental».

Charles Michel tinha obtido dos socialistas e dos verdes, na oposição, o apoio parlamentar necessário para assinar o Pacto Mundial das Migrações, das Nações Unidas, questão que tinha levado a Nova Aliança Flamenga a retirar os seus ministros da coligação governamental. Mas, perante a impossibilidade de aprovação do orçamento para 2019, tanto os socialistas como os verdes retiraram o apoio ao governo, apoiando uma moção de censura que provocou a queda do executivo.

Neste contexto, a direita e extrema-direita parlamentares pretendem antecipar as eleições legislativas, mas os analistas concordam que não há uma maioria no Senado favorável a essa alternativa.

 



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