Produtores de batata manifestam-se em Oliveira do Bairro

Certidão de óbito <br>à agricultura

Pro­cu­rando res­postas para os seus pro­blemas, os pro­du­tores de ba­tata con­cen­traram-se, quinta-feira, em Oli­veira do Bairro, junto à Câ­mara Mu­ni­cipal. Em causa estão os baixos preços pra­ti­cados à pro­dução, que não chegam para pagar um terço das des­pesas de ins­ta­lação e ciclo da cul­tura.

Agri­cul­tores re­cebem apenas cinco cên­timos por quilo de ba­tata

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No pro­testo, pro­mo­vido pela As­so­ci­ação da La­voura do Dis­trito de Aveiro (ALDA) e pela Co­missão de Pro­du­tores de Ba­tata da Re­gião de Aveiro, com o apoio da Con­fe­de­ração Na­ci­onal da Agri­cul­tura (CNA), os pro­du­tores de ba­tata ma­ni­fes­taram a sua re­volta com as di­fi­cul­dades em es­coar o pro­duto e quei­xaram-se do preço baixo a que estão a ser obri­gados a vender o quilo da ba­tata (cinco cên­timos), quando o con­su­midor chega a pagar 15 vezes mais nas grandes su­per­fí­cies co­mer­ciais.
Note-se que o custo de pro­dução es­ti­mado por quilo é cerca de 16 cên­timos  e a isso devem somar-se as imensas e cres­centes des­pesas fis­cais a que os agri­cul­tores são obri­gados.

In­versão de po­lí­tica

Com esta ini­ci­a­tiva fica de­mons­trada a ne­ces­si­dade de uma in­versão na po­lí­tica agrí­cola que está a ser im­ple­men­tada em Por­tugal há vá­rias dé­cadas.
«O es­ma­ga­mento dos pe­quenos pro­du­tores através de um preço de compra de cinco cên­timos por quilo é uma ver­da­deira cer­tidão de óbito à agri­cul­tura na­ci­onal, pas­sada pelo Go­verno e pelos grandes grupos eco­nó­micos», cri­tica, em nota de im­prensa, o Se­cre­ta­riado da Di­recção da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal de Aveiro (DORAV) do PCP, que es­teve pre­sente nesta im­por­tante acção, de­mons­trando a sua so­li­da­ri­e­dade com a luta dos agri­cul­tores, in­cen­ti­vando-os a con­ti­nuar a sua justa rei­vin­di­cação e afir­mando que podem contar com o Par­tido na re­gião e no País.
Neste sen­tido, de­fendem os co­mu­nistas, «é fun­da­mental uma po­lí­tica que ga­ranta o es­co­a­mento da ba­tata pro­du­zida em Por­tugal a preços justos para os pro­du­tores e também para os con­su­mi­dores, uma vez que a ba­tata hoje ven­dida no mer­cado na­ci­onal é, de forma geral, im­por­tada de ou­tros países (até de fora da União Eu­ro­peia) e é mais cara do que po­deria ser caso hou­vesse uma po­lí­tica de preços con­tro­lados».




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