Agricultores mais pobres na ilha das Flores

Agravam-se os problemas

Aníbal Pires, deputado do PCP no Parlamento Regional dos Açores, terminou no dia 6 uma visita de dois dias à ilha das Flores, que serviu para aprofundar o conhecimento da realidade vivida pelos florestinos.
No âmbito desta acção, realizaram-se reuniões com as câmaras municipais das Lajes e de Santa Cruz, com a Junta de Freguesia de Caveira, com a Associação de Agricultores Florentinos, com a Cooperativa Ocidental e com os Serviços de Desenvolvimento Agrário das ilhas das Flores e do Corvo, para além de múltiplos contactos informais com cidadãos, bem como com a organização do PCP da Ilha das Flores.
«Os principais problemas da ilha, que estão em grande medida relacionados com a dimensão, distância e isolamento, agravam-se, sem que as políticas regionais, nacionais e europeias o consigam contrariar, porque se regem por critérios de aplicação uniforme que não levam em conta as especificidades da ilha das Flores», observa o Partido, dando como exemplo a agricultura.
«A redução dos rendimentos dos agricultores e o brutal aumento das suas contribuições para a segurança social contribuem para reduzir o número de produtores e o volume da produção, quer no sector do leite, que no da carne», lê-se numa nota enviada ao Avante!, onde também se critica os poucos avanços «na diversificação agrícola e na instalação de novas produções, em virtude de uma política de incentivos adequados e da ausência de seguros agrícolas, um problema que o Governo Regional continua a deixar por resolver».
Os comunistas dos Açores condenam, de igual forma, que «ainda não tenha sido potenciada a exportação de carne desmanchada, que poderia trazer mais valor para os agricultores florestinos, estando assim subaproveitado o investimento regional na sala de desmancha», assim como «as demoras e os critérios dos apoios aos alimentos para o gado no período de inverno, tendo em conta as condições climatéricas rigorosas que a ilha enfrenta anualmente». Também «a reformulação dos quadros comunitários de apoio, com a possibilidade da eliminação de alguns apoios específicos», levanta ainda mais receios e interrogações em relação ao futuro da agricultura.
Em relação à Cooperativa Ocidental, o PCP considera que o Governo Regional deve disponibilizar o necessário apoio técnico e de gestão para que esta Cooperativa possa superar as suas actuais dificuldades.




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