Bernardino Soares, candidato da CDU à presidência da Câmara de Loures

«A mudança virá com a vitória da CDU»

Força coerente que defende o mesmo nos planos nacional e local, conhecedora dos problemas e aspirações de quem vive e trabalha em Loures, com um inigualável património de trabalho, honestidade e competência no concelho – quer quando esteve à frente da gestão camarária, quer mais recentemente na oposição ao PS –, a CDU candidata-se aos órgãos autárquicos do concelho com a ambição de protagonizar a mudança radical de que o município necessita, sublinhou Bernardino Soares em entrevista ao Avante!.

«A CDU é a esperança para tantas e tantas pessoas que, fartas de serem enganadas, sabem que somos diferentes»

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Todos os indicadores apontam para um crescimento do apoio à CDU e, inversamente, para uma erosão da base de apoio à candidatura do PS. Isso reforça a convicção de que é possível vencer as eleições para os órgãos municipais e, de uma forma geral, reforçar a CDU em número de votos e eleitos em todos os órgãos autárquicos concelhios?

É verdade. Ao longo dos últimos meses essa convicção foi-se reforçando e os estudos que se conhecem apontam também nesse sentido. Sente-se na rua, no contacto com os trabalhadores, em particular os trabalhadores municipais. Sente-se no apoio das pessoas que nos dizem espontaneamente que vão votar na CDU, muitos confessando que antes votaram no PS e também noutros partidos, ou que se abstiveram. Isso vê-se também no alargamento a novos sectores do apoio à CDU. Há inequivocamente uma força que cresce, a CDU, e uma que desce, o PS.

 

A intensa campanha de contactos realizada junto das populações e instituições locais, ao longo dos últimos meses, pelos candidatos da CDU ao município e às freguesias, permitiu identificar problemas e constatar uma imensa vontade de mudança. É na multiplicação dessa campanha de massas, no contacto e esclarecimento junto de quem vive e trabalha em Loures e do seu vital movimento associativo que consideras estar a chave da mudança a 29 de Setembro?

As pessoas estão bem conscientes da profunda degradação e do descalabro da gestão PS e sabem que para mudar, só contam com a CDU. É claro que isso só acontecerá se ampliarmos a campanha de contacto com as populações. Há uma enorme desproporção de meios financeiros de campanha entre nós e o PS. Mas cada vez que estamos na rua com a população ganhamos mais apoios. Os nossos candidatos são reconhecidos como gente séria e competente. E sabemos que se continuarmos a esclarecer e a divulgar as nossas propostas, alcançaremos a mudança de que este concelho tanto necessita.

 

Recuperar o prestígio desbaratado

 

Afirmas-te recentemenete que «o concelho perdeu nos últimos anos grande parte de um prestígio e de uma qualidade de intervenção que conquistou com a CDU». Porque é que o PS já não merece a confiança da população de Loures, e que balanço fazes da intervenção, qualificada e de proximidade, da CDU enquanto oposição?

Loures foi com a CDU um município de referência nos serviços de água e saneamento, mas também na cultura, no desporto, no urbanismo. No ambiente, por exemplo, fez-se o primeiro aterro sanitário, entretanto selado e transformado num parque urbano com diversos equipamentos, mas que hoje se encontra degradado e desaproveitado.

Na cultura e no desporto realizavam-se iniciativas envolvendo milhares de desportistas e centenas de artistas do concelho, tornando acessível à população inúmeros espectáculos de grande qualidade. Os «Jogos da Paz», as «Festas do Concelho» o «Vamos todos jogar xadrez» o «Jov’arte» e tantas outras iniciativas foram abandonadas pela gestão PS.

A população conhece o trabalho anterior da CDU na Câmara, e conhece-o actualmente nas três freguesias CDU, na Assembleia Municipal e, em especial, o trabalho realizado pelos nossos vereadores.

Foram os nossos vereadores que denunciaram os atropelos e a má gestão do PS. Recentemente, denunciámos também uma proposta de perdão de meio milhão de euros a uma multinacional de publicidade de rua, a quem o PS queria aplicar taxas pela tabela antiga, enquanto que aos comerciantes cobra taxas pela nova tabela, a qual, sublinhe-se, teve aumentos que ascenderam, nalguns casos, a 600 por cento.

 

Tens levantado na Assembleia da República várias questões que dizem respeito ao concelho de Loures e às suas populações, mas, seguramente, na intensa campanha de contactos que integras, também te têm sido suscitadas muitas perguntas e preocupações quanto à situação do nosso povo e do nosso país. De que forma é que a situação nacional e as questões locais se interligam nas autárquicas de 29 de Setembro?

Com a grave situação económica e social do nosso país, é natural que muitas pessoas nos questionem até em primeiro lugar sobre questões nacionais. Mas temos a vantagem de defendermos o mesmo no plano local e nacional. Não temos duas caras.

Encontramos muitos sentimentos de descrédito na política, na alternância PS/PSD/CDS sempre agravando as políticas, nas promessas não cumpridas. Mas quase sempre as pessoas não misturam o Partido e a CDU nesse descrédito. E isso faz com que, nestas eleições, a CDU seja também uma esperança para tantas e tantas pessoas que, fartas de serem enganadas, sabem que somos diferentes. Se querem uma mudança a sério no País, ela começa pelo reforço da CDU já nestas eleições.


Loures precisa da CDU

A CDU divulgou um conjunto de 10 medidas que pretende implementar no concelho. Quais as que destacas e porque é que se justificam?

É preciso dar resposta ao desemprego e à crise económica. É claro que a maior parte dos instrumentos estão nas mãos do Governo. Mas a política municipal tem de apostar na fixação de empresas e na criação de emprego. Queremos dinamizar os serviços do município, para contactar com as empresas, atrair investimento e intervir nos casos de possível encerramento ou deslocalização, em relação aos quais há hoje uma passividade total.

Outra medida é a de procurar amortecer o aumento do IMI determinado pelo Governo, dentro das possibilidades financeiras da autarquia, que suspeitamos estar em más condições neste campo. Outra ainda é fazer um trabalho sério com as AUGIS, os bairros de génese ilegal, que faça avançar os processos sem prometer legalizações «na hora» como o PS fez.

Fundamental é, igualmente, acabar com a promiscuidade instalada com interesses privados, bem como com a má gestão. A Câmara não pode funcionar em função de interesses pessoais, familiares ou privados. É indispensável definir um plano de combate ao desperdício a fim de recuperar verbas para o investimento.

 

Na campanha, a CDU tem abordado com particular ênfase questões como os transportes, as acessibilidades e a mobilidade, o ordenamento do território, os serviços públicos de competência local e central – água e saneamento, recolha de resíduos sólidos urbanos, Educação, Saúde, Serviço Postal, etc. São questões centrais na intervenção reivindicativa e nas propostas da CDU?

Recuperar os serviços de água, resíduos e saneamento e impedir a sua privatização é uma prioridade absoluta. Loures teve serviços topo nestas áreas. Doze anos de gestão PS destruíram esse trabalho. Desperdiça-se hoje mais de 40% da água da rede por falta de investimento. A população sofre a falta de resposta na recolha do lixo, na lavagem dos contentores, nas rupturas na rede de água. Isto apesar de pagar taxas elevadas na factura. É com esse pretexto que o PS em Odivelas quer avançar com a privatização destes serviços, que são comuns aos dois municípios, e podemos dizer que, embora façam juras do contrário, o PS em Loures também pretende criar condições para isso.

Por outro lado vamos ser determinados na defesa dos serviços públicos no concelho, designadamente os dependentes do Governo ou entregues a empresas privadas. É o caso dos transportes públicos que hoje são profundamente insuficientes, para além de caros. Mas também em relação à saúde e aos Correios.

 

Contamos com todos

 

Simultaneamente, continuam a recolher contributos e opiniões para o programa eleitoral, frisando a importância do envolvimento da população e das forças vivas do concelho. Essa dinâmica participativa é para prosseguir na gestão autárquica que a CDU propõe para Loures?

Um dos compromissos prioritários é garantir uma gestão participada pelas populações, com reuniões e atendimentos frequentes e descentralizados dos órgãos e dos eleitos. Vamos desenvolver a participação pela via electrónica sem que isso venha substituir o contacto pessoal. Queremos que os serviços municipais sejam capazes de dar uma resposta mais próxima e eficaz. E é fundamental envolver o movimento associativo, os comerciantes, as comissões de moradores e de proprietários e, em particular, os trabalhadores do município.


As freguesias vão ganhar

Fernanda Santos, cabeça de lista da CDU à Assembleia Municipal, assumiu, em nome da CDU, o compromisso de «manter em funcionamento todos os serviços actualmente existentes nas freguesias de Loures em que a CDU tiver a maioria, ampliando-os e melhorando-os onde possível». Quais as principais consequências da extinção de freguesias no concelho? A CDU compromete-se com a luta pelo restabelecimento integral das freguesias?

Continuaremos a lutar pelo restabelecimento das freguesias. Em Loures elas diminuem de 18 para 10, criando verdadeiros «gigantes» com 35 ou 45 mil habitantes. Entretanto manteremos os serviços e os trabalhadores que existem em cada freguesia, defendendo os interesses das populações. E como temos dito, só há uma coisa pior do que estas agregações à força: é que elas não sejam geridas pela CDU.


Candidatura para ficar

À falta de argumentos substantivos, têm acusado a tua candidatura à presidência da CM de Loures de ser temporária. Queres esclarecer?

A ideia de que eu não assumiria a presidência da Câmara após as eleições é um absurdo total. Seria enganar as populações e contrariaria a seriedade com que os candidatos da CDU se apresentam. Mas penso que quem lança essas calúnias o faz por desespero, percebe que cada vez mais pessoas estão apostadas numa mudança no concelho de Loures. E essa mudança virá com a vitória da CDU.




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Francisco Matias e Carlos Coutinho, cabeças de lista da CDU às câmaras municipais da Chamusca e de Benavente, respectivamente, explicaram como estes concelhos se transformaram, em pouco mais de 30 anos; falaram dos principais problemas que afectam a vida das pessoas e perspectivaram como poderá vir a ser o futuro do Poder Local. O panorama não é animador, tendo em conta o que se perspectiva na nova Lei das Finanças Locais. A não ser que seja derrotada a política de direita prosseguida por PS, PSD e CDS, e que a mesma seja substituída por uma política patriótica e de esquerda.

Mas se a CDU, nos órgãos autárquicos onde exerce o poder, tem como objectivo o seu reforço eleitoral, em todos os outros existe a ambição de protagonizar uma mudança radical. É disso exemplo o concelho de Loures: «As pessoas estão bem conscientes da profunda degradação e do descalabro da gestão PS, e sabem que para mudar só contam com a CDU», afirmou, ao Órgão Central do PCP, Bernardino Soares, cabeça de lista à Câmara Municipal.

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