O comício da Maia e o almoço do Seixal, que contaram com a participação do Secretário-geral do PCP (de que damos conta na página 5), foram duas grandes iniciativas realizadas no âmbito do aniversário do Partido, mas estiveram longe de ser as únicas. De Norte a Sul do País, e mesmo no estrangeiro, as comemorações do 92.º aniversário do PCP (que em muitas ocasiões se entrelaçam com as comemorações do centenário do nascimento de Álvaro Cunhal) dão o mote para reunir militantes e simpatizantes, evocando a sua história heróica e os seus objectivos supremos e reafirmando as muitas e exigentes tarefas que lhe estão colocadas.

Numa dessas iniciativas, o tradicional almoço da sede nacional do Partido (realizado na segunda-feira com a presença de dezenas de funcionários e colaboradores da estrutura central), Jorge Pires, da Comissão Política, lembrou que o PCP assistiu, no século passado, a «avanços e transformações revolucionárias que alteraram profundamente a vida de milhões de seres humanos» e também a «transformações profundas e graves na vida internacional, nomeadamente a destruição da União Soviética e os fortes abalos e derrotas do socialismo nos países do Leste da Europa». Apesar disso, valorizou, «não perdeu a sua perspectiva histórica nem desistiu da luta, não se refugiou no conformismo, nem no defensismo» e hoje «aqui está dando continuidade plena – com coragem, determinação e uma inquebrantável confiança – ao desenvolvimento, firme e consequente, da sua acção revolucionária».

Por estas ou por outras palavras, foi esta a tónica dominante nas intervenções realizadas nas iniciativas comemorativas do aniversário do PCP que, pela dimensão que atingem e pelo entusiasmo que delas emana, revelam um Partido maior, coeso e determinado.