Lá como cá, longe da realidade

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O pri­meiro-mi­nistro es­teve em França no dia 17. Na agenda es­tavam en­con­tros com o seu ho­mó­logo francês e com o pre­si­dente da Re­pú­blica Fran­çois Hol­lande, a apre­sen­tação, na Em­bai­xada de Por­tugal, de um «pro­grama de in­cen­tivo à lei­tura para cri­anças e jo­vens» e uma re­cepção no Con­su­lado-geral de Por­tugal, de acesso re­ser­vado me­di­ante con­vite. 
No dia an­te­rior, a Or­ga­ni­zação do PCP em França pro­nun­ciou-se sobre esta des­lo­cação, afir­mando que Pedro Passos Co­elho de­veria vi­sitar os «lo­cais de tra­balho onde os emi­grantes por­tu­gueses são ex­plo­rados de­pois de terem sido con­vi­dados/​obri­gados a aban­donar Por­tugal de­vido às po­lí­ticas sócio-eco­no­mi­ca­mente er­radas, an­ti­pa­trió­ticas e anti-povo pro­mo­vidas pelo Go­verno PSD/​CDS». Para o Par­tido, tais me­didas não foram se­quer su­fra­gadas pelos elei­tores, pois na cam­panha elei­toral do PSD e do CDS não foram men­ci­o­nados o au­mento de im­postos, os cortes de sa­lá­rios e pen­sões, o em­po­bre­ci­mento, a pro­moção do de­sem­prego ou a emi­gração. Assim, e mesmo sem le­gi­ti­mi­dade para go­vernar, Passos Co­elho de­veria apro­veitar a pre­sença em França para co­nhecer os «casos de ex­plo­ração la­boral e so­cial a que mi­lhares de por­tu­gueses emi­grados estão a ser su­jeitos», re­alça o PCP.
A or­ga­ni­zação do Par­tido em França acusa ainda o pri­meiro-mi­nistro de «hi­po­crisia» e «in­co­e­rência», ao «in­cen­tivar a lei­tura junto das cri­anças e dos jo­vens» ao mesmo tempo que o Go­verno vem le­vando a cabo uma po­lí­tica de «des­truição de um dos prin­ci­pais pi­lares iden­ti­tá­rios» da diás­pora por­tu­guesa: o En­sino do Por­tu­guês no Es­tran­geiro (EPE). Graças à po­lí­tica dos su­ces­sivos go­vernos, acres­centa, mi­lhares de cri­anças luso-des­cen­dentes fi­caram sem acesso ao en­sino da língua e cul­tura por­tu­guesas, pelo que não apren­derão a falar língua por­tu­guesa ou a co­nhecer a nossa his­tória. 



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