Vida e morte de Mariana Janeiro<br>no livro Joana Campeoa, de Joseia Matos Mira
Venho de um tempo – sem rebarbativos saudosismos nem penumbrosos remorsos – em que a literatura era uma tarefa cívica, um acto de responsabilidade, e se fazia por impulsos ditados pelos imperativos de um quotidiano agreste e cinzento. Dizia-se, então, que estávamos a tentar salvar o mundo. Ressalvando a pretensão, o certo é que os nossos textinhos, se não salvaram o mundo (e, pelo jeito que ele hoje se apresenta, nem sequer o beliscámos e o tornámos mais habitável) serviram para deixar algum lastro geracional, testemunho de um tempo e alguma argamassa para quem, num futuro quimérico, se tiver paciência e talento, estude e reflicta sobre este tempo amargo que nos coube viver e dele tire ensinamentos para que se não repitam as atrocidades, os atropelos, as infâmias que sofremos e de que fomos testemunhas.
O artigo completo está disponível na edição impressa ou por assinatura on-line
Já é assinante ou comprou o Avante! esta semana?
Inicie sessão