Mais força em Loures e no País para retomar o caminho de Abril
No almoço em São João da Talha, domingo, dia 13, Paulo Raimundo defendeu mais votos e mais deputados para a CDU, «a grande força popular, onde são bem vindos todos aqueles que olham Abril como referência de presente e de futuro».
Abril consagrou Portugal como um país de paz, cooperação e amizade entre os povos
O almoço, no Pavilhão José Gouveia, inseriu-se nas comemorações do 25 de Abril, foi assegurado com trabalho militante (como também destacou o Secretário-Geral do PCP) e contou com várias centenas de pessoas.
Para as intervenções políticas, começou por tomar a palavra Tânia Mateus. A candidata da CDU à Assembleia da República, pelo círculo eleitoral de Lisboa, e à presidência da Assembleia Municipal de Loures saudou os presentes e chamou, para a tribuna, Estefânia Rebelo (do Executivo Regional da JCP), Vânia Campaniço (da Concelhia de Loures do PCP e candidata a presidente da Junta da União das Freguesias de Santa Iria de Azóia, São João da Talha e Bobadela), Gonçalo Tomé (do Comité Central do PCP, responsável pela Concelhia de Loures), Tiago Matias (da Comissão Executiva da Intervenção Democrática e candidato da CDU à AR), Mariana Silva (da Comissão Executiva do PEV e candidata da CDU à AR), António Filipe (do Comité Central do PCP, deputado e candidato da CDU à AR), Ricardo Costa (da Comissão Política do CC do PCP, responsável pela Organização Regional de Lisboa e candidato da CDU à AR), Gonçalo Caroço (da DORL e da Concelhia de Loures, candidato à presidência da Câmara Municipal de Loures) e Paulo Raimundo (Secretário-Geral do PCP e primeiro candidato à AR na lista da CDU no círculo eleitoral de Lisboa).
O «pavilhão bem cheio» é «mais um óptimo sinal» de que a CDU «está com a força necessária», afirmou Gonçalo Caroço.
No concelho, «o PS opta por não querer discutir as propostas e as soluções» e «mostra a sua sintonia com as ideias propaladas pela extrema-direita», acusou. Para a CDU, «precisamos urgentemente de respostas às necessidades da população, que ponham fim às profundas injustiças, caldo de cultura para o ideário da extrema-direita».
Gonçalo Caroço explanou soluções defendidas para a habitação, a saúde, a educação, o desporto e também para «parar já com os aumentos da água».
«O voto na CDU, nas eleições legislativas, é o melhor voto na defesa do nosso concelho, mas também para a vitória da CDU nas autárquicas», concluiu.
Alcance profundo
Paulo Raimundo falou do 25 de Abril, como «revolução actual, que é preciso resgatar, um guia de acção do nosso povo, onde está o futuro do País e a vida melhor a que cada um tem direito». O Secretário-Geral do Partido recordou que «Abril derrubou as injustiças e as desigualdades, distribuiu de forma mais justa a riqueza, consagrou direitos, abriu o caminho da esperança. Abril pôs fim à ditadura fascista, à repressão, à violência, às prisões, ao atraso económico, social e cultural, à pobreza. Abril travou a emigração em massa, pôs fim à discriminação legal das mulheres, travou a alta corrupção. Abril pôs fim à guerra e consagrou Portugal como um país de paz, cooperação e amizade entre os povos».
Se «algumas das conquistas foram destruídas ou amputadas», a verdade é que «o alcance dos valores de Abril, das suas conquistas e daquilo que proporcionou na vida da larga maioria do nosso povo está tão fundo, tão vivo que, após várias décadas, não conseguiram ainda concluir o processo contra-revolucionário», o que se deve à «força do povo, dos trabalhadores, do PCP, do PEV, dos democratas», sublinhou.
Hoje «faz falta travar a hipocrisia, o cinismo e o aventureirismo daqueles que dizem à boca cheia que querem que os nossos filhos e netos vão para uma guerra ao serviço do complexo militar industrial». Paulo Raimundo contrapôs que «aquilo que importa é fazer todos os esforços para abrir o caminho da paz».
Concluídas as intervenções, ecoou no pavilhão «Grândola Vila Morena», com o Grupo Coral da Liga dos Amigos da Mina de São Domingos, acompanhado por centenas de vozes, que várias vezes, naquela tarde, soltaram a palavra de ordem «25 de Abril, sempre! Fascismo, nunca mais!».