«O que é preciso mais para que o Governo tome uma atitude junto das instituições da União Europeia e demais entidades internacionais que integra, para pôr fim à guerra na Palestina?», questionou a líder parlamentar Paula Santos, no debate preparatório do Conselho Europeu realizado na AR no dia 19.
A deputada lembrou que «Israel nunca cumpriu, de facto, o cessar-fogo», e que «durante todo o período foi desferindo diversas agressões contra o povo palestiniano, na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, causando mortos, efectuando prisões em massa, bombardeando indiscriminadamente campos de refugiados, com dezenas de milhar de deslocados».
«Não se pode ser cúmplice com tamanha crueldade e desumanidade», apontou.
A líder parlamentar instou ainda o Governo a esclarecer se é desta vez que «vai propor a suspensão do acordo UE-Israel», «tomar medidas para resgatar os familiares de portugueses que estão na Faixa de Gaza e salvar as suas vidas», e «adoptar diligências para um cessar-fogo permanente, o acesso à ajuda humanitária e o cumprimento das resoluções das Nações Unidas, designadamente o reconhecimento do Estado da Palestina, nas fronteiras de 1967 com capital em Jerusalém Oriental».
«A Paz e a segurança não se alcançam com a corrida armamentista, alcançam-se com mais diplomacia, diálogo e solução política dos conflitos, com respeito pelos princípios do direito internacional, o cumprimento dos princípios da Carta da ONU e da Acta Final da Conferência de Helsínquia», sublinhou.