Só uma CDU reforçada serve os interesses de Évora

O João Oliveira é «a pessoa certa no momento certo para dar continuidade e concretizar o projecto de todos os que vivem e trabalham em Évora», afirmou Paulo Raimundo na apresentação pública do candidato da CDU a presidente da Câmara Municipal.

A dívida herdada em 2013, após a gestão PS, continua a custar cinco milhões por ano

O auditório do Salão Central transbordou, no dia 27, para a apresentação pública de João Oliveira. Na sala estavam camaradas de partido e aliados de coligação, dirigentes e activistas associativos, agentes culturais, trabalhadores das autarquias e de tantos outros sectores, e ainda dois rostos destacados do projecto da CDU no concelho: o presidente da Câmara Municipal desde 2013, Carlos Pinto de Sá, e Abílio Fernandes, que exerceu essa mesma função entre 1976 e 2001.

Valorizando o trabalho realizado pela CDU nos últimos 12 anos, João Oliveira fala de um concelho muito diferente do que era no final da gestão PS. Entre os feitos mais notáveis está a recuperação de um município que estava «falido e desacreditado, com 95 milhões de euros de dívida que o PS deixou», e que continua a custar ao orçamento municipal cinco milhões de euros por ano: «esta é a maior marca que o PS deixou em Évora.»

O candidato lembrou a situação dos últimos quatro anos, em que a CDU contou apenas com dois vereadores face a cinco dos demais partidos: «Quem construiu maiorias negativas contra a CDU tem agora de assumir a responsabilidade pelas consequências daquilo que propôs e das atitudes que assumiu, incluindo os bloqueios e impasses que provocou ou a receita que retirou ao orçamento camarário.» Reforçar a maioria da CDU é determinante, valorizou.

A Capital Europeia da Cultura e o resto
O candidato destacou ainda os investimentos realizados nas redes de água e saneamento, a recuperação da capacidade operacional do município, as obras na rede viária, o apoio ao movimento associativo e às pequenas e médias empresas, o trabalho feito na frente social e o regresso das linhas de participação, auscultação e envolvimento das populações.

Também a consagração de Évora como Capital Europeia da Cultura 2027 é «exemplo destacado do trabalho da CDU e da importância de garantir que ele não se perde», sublinhou. Depois da classificação como Património da Humanidade, é uma vez mais a CDU a dar a Évora «projecção internacional de primeira ordem de importância». Agora, apelou, é preciso que «ninguém estrague o que foi feito» e que esta Capital Europeia da Cultura seja exemplo de um «projecto de estruturação do tecido artístico e cultural que deixa raízes depois do ano em que acontece».

Projecto construído com as populações
Apresentar o João Oliveira é, segundo Paulo Raimundo, «muito fácil e simultaneamente muito exigente»: fácil porque o candidato dispensa qualquer apresentação e exigente porque «tudo o que dissesse sobre o João Oliveira seria sempre pouco e insuficiente»: filho da terra, é a pessoa certa para dar continuidade ao projecto da CDU, destacou.

Explicando de que projecto se trata, Paulo Raimundo enumerou alguns dos seus eixos centrais: a valorização, respeito e cumprimento dos direitos dos trabalhadores das autarquias; a defesa da água como bem público; a manutenção na gestão pública de funções cruciais (limpeza, espaços verdes, recolha de resíduos, saneamento); a democratização do desporto e da cultura; o apoio a projectos educativos e ao movimento associativo e popular; a defesa da escola pública, do pré-escolar e de uma rede pública de creches, entre muitos outros aspectos distintivos.

Para Paulo Raimundo, a CDU é um espaço de ampla convergência «onde cabem todos os que anseiam resolver os problemas concretos das populações» e que «querem justamente viver melhor na sua terra».

O primeiro orador da tarde foi Tiago Aldeias, do Partido Ecologista «Os Verdes», que destacou duas questões essenciais sobre as quais a coligação tem firmes posições: «as gentes das freguesias rurais sabem bem a falta que faz uma rede de transportes públicos eficiente e ligações que dêem resposta às necessidades deste concelho»; em Évora, acrescentou, «conhecemos bem o que têm sido políticas de gestão da água, com a entrega a uma empresa que não serve os interesses das populações».

 

Voz firme nas autarquias

A sabotagem do Governo à construção do Novo Hospital Central do Alentejo também foi denunciada na sessão, com João Oliveira a acusar o actual executivo de, à semelhança do anterior, se ter recusado até hoje a assinar o protocolo com a Câmara Municipal para assegurar as expropriações e o financiamento das obras de acessibilidades e infra-estruturas. Agora, «para justificar a sua política de defesa das PPP, está a sabotar a construção do hospital, de forma a que possa mais à frente vir dizer que a opção por um hospital 100% público não serve, é preciso é uma PPP».

Acusando o Governo de prejudicar o Alentejo e as suas populações, o candidato garantiu ser necessário «ter à frente da autarquia quem denuncie estas manobras e junte as forças necessárias para inverter esse caminho».

 



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