- Nº 2671 (2025/02/6)

Devolver a Beja o rumo que merece

Nacional


«Beja vive um dos períodos mais negros da sua história recente. Durante sete anos, assistimos a uma gestão municipal esgotada, com um executivo a desmoronar-se, sem visão, sem estratégia e sem capacidade de mobilizar as forças vivas do concelho», criticou Vítor Picado, na sua apresentação pública como candidato da CDU à presidência da Câmara Municipal de Beja (CMB), que decorreu, sexta-feira, na cafetaria do Pax Julia, na presença de 150 pessoas.

«Aguentará Beja mais quatro anos de uma gestão sem ambição e sem soluções», interrogou o candidato, apontando problemas relacionados com a degradação da limpeza urbana, que o executivo PS quer entregar a privados, ou o estado das vias e caminhos. As dificuldades são igualmente sentidas pelos agentes culturais do concelho, «vítimas da total ausência de uma política cultural coerente», e pelos comerciantes da baixa da cidade, «que vêem esta zona nobre cada vez mais despovoada». Também não foi esquecido o «financiamento insuficiente» e a «ausência de respostas» às freguesias e uniões de freguesia do concelho.

Vítor Picado acusou ainda o executivo PS de ser responsável pela «perda de milhões de euros em financiamentos cruciais», como os destinados à recuperação do Fórum Romano e à expansão empresarial, e lamentou que nunca tenha tomado «posição sobre os mais de 10 mil utentes sem médico de família no concelho», nem exigido «o início da segunda fase do Hospital de Beja». Também «nunca se pronunciou sobre a degradação das estradadas nacionais IP8 e IP2» e «reivindicou a electrificação da linha férrea, nem a rentabilização do Aeroporto de Beja», lembrou o candidato da CDU.

Manifestou ainda preocupação com a questão da imigração, tendo lamentado que a autarquia «se tenha demitido nesta área das suas responsabilidades, falhando na fiscalização e articulação com as entidades competentes», e alertou para o «grave problema da habitação, que afecta centenas de famílias no concelho devido às elevadas taxas de juro e à falta de oferta acessível».

A iniciativa começou com um momento cultural protagonizado pelo músico Luís Simenta, e contou ainda com as intervenções de Tiago Aldeias, do Conselho Nacional do PEV, e de Ângelo Alves, da Comissão Política do PCP.