Cartazes da Paz

Não é de hoje que a arte e os ar­tistas servem justas causas, como a da paz. Pablo Pi­casso e as suas «pombas», ela­bo­radas para o então nas­cente mo­vi­mento mun­dial da paz, é um exemplo maior, mas está longe de ser o único. Nos tempos exi­gentes em que vi­vemos, mar­cados por uma in­tensa ofen­siva ide­o­ló­gica contra os va­lores da so­li­da­ri­e­dade, da paz e do pro­gresso so­cial, é de um imenso sig­ni­fi­cado que haja quem tome par­tido por estes va­lores (também) através da sua arte.

Na grande ma­ni­fes­tação de 18 de Ja­neiro, em de­fesa da paz, des­fi­laram ilus­tra­dores, ar­tistas plás­ticos e de­sig­ners em­pu­nhando pan­cartas com car­tazes ori­gi­nais, feitos es­pe­ci­al­mente para aquela oca­sião. As obras, de es­tilos muito di­versos (como convém) ser­viram de mo­bi­li­zação nas redes so­ciais das or­ga­ni­za­ções pro­mo­toras e, na pró­pria ma­ni­fes­tação, acres­cen­taram-lhe be­leza e con­teúdo: também assim se ex­pressou o de­sejo de paz, a so­li­da­ri­e­dade com os povos ví­timas de guerras, blo­queios e san­ções, a re­cusa em mandar jo­vens por­tu­gueses servir de carne para ca­nhão para as guerras da NATO e em per­mitir que se corte nos sa­lá­rios, nas pen­sões e nos ser­viços pú­blicos para en­gordar a in­dús­tria da morte.

Nestas pá­ginas mos­tramos al­gumas dessas obras, so­mando-as às que já mos­trámos há duas edi­ções. Sendo certo que o seu im­pacto na mo­bi­li­zação para a causa da de­fesa da paz con­ti­nuará a fazer-se sentir numa luta que urge pros­se­guir e in­ten­si­ficar.

 

Galeria: