- Nº 2669 (2025/01/23)

Utentes e moradores alertam para estado de abandono de Marvila

Nacional

A seu pedido, as comissões de Moradores de Marvila (CMM) e de Utentes de Saúde de Marvila (CUSM) foram recentemente recebidas, entre outros, pelos presidentes da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Carlos Moedas, e da Gébalis, Fernando Angleu, a quem expuseram as suas «enormes preocupações» relativamente ao estado de abandono a que Marvila está sujeita. Por exemplo, deram conta de uma alargada e bastante evidente degradação habitacional municipal, quer a nível de infiltrações do edificado, quer no seu interior, bem como de dezenas de elevadores sistemática e permanentemente parados, situação que aprisiona centenas de idosos e de pessoas com mobilidade reduzida nas suas próprias habitações.

Na opinião da CMM e da CUSM, o investimento que a CML tem feito nos últimos anos na freguesia de Marvila «fica muito aquém, tendo em conta as necessidades que a população sente». As críticas estendem-se à falta de limpeza pública geral.

Desta reunião saiu o compromisso por parte da Gébalis de assegurar o pagamento dos materiais necessários para garantir a manutenção e limpeza das partes comuns dos edifícios em que a parte municipal é maioritária, contribuindo com a sua quota nos restantes, sendo que todo este processo será desenrolado em articulação com todos os moradores dos referidos edifícios.

Morte no Bairro do Condado
Em nota divulgada no sábado, 18, a Comissão tornou público o «fatídico acidente» cardio-respiratório que vitimou Lurdes Valente, 83 anos, do Lote 568 do Bairro do Condado, «depois de esta ter sido obrigada a subir pelas escadas, a pé, até ao sétimo andar deste lote, devido aos respectivos elevadores não se encontrarem, uma vez mais, a funcionar».

«A rapidez com que os serviços da Gebalis repuseram o funcionamento dos elevadores, após o falecimento da nossa vizinha, não chegou para evitar o trágico acidente, revela o peso da consciência do que aconteceu e mostra a necessidade de que devem ser assumidas todas as responsabilidades políticas e materiais pelos que aconteceu neste lote», reclama a CMM.