- Nº 2669 (2025/01/23)

Dedicação e disponibilidade são marcas distintivas da CDU no Porto

Nacional

Habitação, mobilidade e transportes públicos, cultura, deporto e apoio ao movimento associativo popular, serviços públicos de qualidade e valorização do pequeno comércio, do trabalho e dos salários – foram estes os eixos enunciados, no dia 19, por Diana Ferreira, na apresentação como candidata da CDU à presidência da Câmara Municipal do Porto. A iniciativa de apresentação na Câmara Municipal e contou com a participação de Paulo Raimundo.

«O que nos move, à CDU, o que nos faz estar aqui hoje, o que nos faz trabalhar e intervir é o compromisso que assumimos com a população do Porto. O nosso propósito de garantir melhores condições de vida para os portuenses», salientou Diana Ferreira, esclarecendo que tal é inseparável de «políticas municipais que tenham em conta a diversidade do concelho, as necessidades que existem e o potencial de desenvolvimento e progresso que reside nas dimensões social, cultural, desportiva, ambiental e económica» do território.

«O trabalho realizado», continuou, a «dedicação e disponibilidade sempre demonstrada pelos eleitos da CDU para servir as populações e para defender o poder local democrático, fazem da CDU uma força indispensável e necessária à melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores e da população do concelho». «O Porto precisa desta voz alternativa, uma voz que protesta e denuncia os problemas, mas que apresenta soluções justas para os resolver», exclamou ainda.

A cidade que temos e a que queremos
«Da cidade que temos à cidade que queremos vai uma grande distância», lamentou a candidata no começo da sua intervenção, explicando que o «Porto tem sido marcado por sucessivos executivos cujas opções políticas têm sido subservientes aos senhores do dinheiro», o que tem significado a «expulsão de muitos moradores da cidade, a descaracterização do espaço e do território, e o abandono dos trabalhadores e da população».

Aliás, como referiu a candidata, ao longo dos últimos anos, os partidos da política de direita «são todos responsáveis pelo estado a que chegamos na cidade». Nos últimos 12 anos, CDS e IL «foram-se unindo em torno de Rui Moreira», que tem sido igualmente «apoiado pelo PSD e mesmo pelo Chega». Já o PS «tem histórico de cumplicidade com as opções tomadas pelo actual presidente».

Qual é o estado a que chegamos? No Porto, como constatou a candidata, a habitação não é acessível e os valores das casas são insultuosos, especialmente quando se tem em conta os salários auferidos pelos trabalhadores. Não há habitação pública que responda às necessidades e galgam os especuladores financeiros e imobiliários.

Trata-se de um município onde o direito à mobilidade encontra sempre obstáculos, onde a desindustrialização deu lugar ao turismo desenfreado e onde os serviços que poderiam ser assegurados pela autarquia são concessionados. Onde a cultura «se confunde com entretenimento» e raramente há lugar para as colectividades e associações. Grupos sociais mais vulneráveis – como as crianças, idosos e pessoas com deficiência – não têm as suas necessidades atendidas, numa cidade onde grassa a precariedade, baixos salários, a pobreza e problemas sociais.

É esta a realidade do Porto que a CDU, com Diana Ferreira, se propõe combater e resolver.

Voz da CDU é essencial
«Que voz teriam, sem a CDU na CM do Porto, os moradores de tantas zonas da cidade, os utentes de serviços públicos e os trabalhadores, artistas e demais agentes da cultura, estudantes, comerciantes e os mais desfavorecidos?», questionou Paulo Raimundo. A resposta é simples: «Sem a CDU não teriam voz, mas com ela não só se fizeram ouvir, como forçaram a resolução de problemas».

«A Diana Ferreira», continuou, «a bem das populações, vai prosseguir o caminho trilhado pela CDU. Uma intervenção única, ligada à vida como a de mais ninguém, com uma acção por esta terra onde queremos e temos o direito a viver melhor». «É esta a marca da CDU, uma marca de todos os que aqui estamos», acrescentou.

Já Mariana Silva, da Comissão Executiva do PEV, salientou a importância da unidade em torno do projecto autárquico da CDU e enunciou as três prioridades dos ecologistas na corrida à CM do Porto: o direito à mobilidade, uma cidade com mais espaços verdes e políticas que garantam o acesso à habitação, salários dignos e serviços públicos dinâmicos.

Antes do momento político, Joice e Telmo – na voz e na guitarra – ofereceram três temas de José Afonso, Manuel Freire e Garota Não.

Jaime Toga e Margarida Botelho, dos organismos executivos do PCP, também estiveram presentes.

Orgulho no património de Intervenção
Tanto Diana Ferreira como Paulo Raimundo recordaram o extenso património de intervenção da CDU na cidade do Porto. «A construção do direito à cidade com direitos para todos reside exactamente nesta força política, a CDU, e no projecto que defende. Como, aliás, comprova o seu património de intervenção política na autarquia, tanto na CM como na AM, determinante na denúncia e resolução de muitos problemas do Porto», recordou a candidata. «Apresentamo-nos a estas eleições, com orgulho no património de intervenção que temos e no projecto de cidade que defendemos. Temos um programa progressista para a cidade, desenvolvemos trabalho sério ao longo dos sucessivos mandatos, dando voz a quem não a tem», acrescentou.

Patentes ficaram igualmente os agradecimentos a Ilda Figueiredo, actual vereadora do PCP, e o reconhecimento pelo trabalho que desenvolveu na cidade ao longo dos anos.

Tempo de intensificar trabalho

«O tempo agora é de intensificar o trabalho, contactar a população, associações, as forças vivas do concelho», salientou Diana Ferreira ao terminar a sua intervenção. A candidata referia-se às iniciativas que vão marcar a agenda da CDU no Porto nos próximos dias: uma visita a Campanhã, na zona que será afectada pelo TGV, e uma série de reuniões com associações, referentes à situação no Bairro do Aleixo.