O Militante tem nova imagem e os objectivos de sempre

Está desde hoje disponível a edição de O Militante correspondente aos meses de Janeiro e Fevereiro de 2025, com uma nova imagem gráfica e o mesmo objectivo de contribuir para o esclarecimento e a formação de quadros e militantes do PCP.

A matriz é a mesma que presidiu à criação de O Militante, em 1933


A edição de O Militante que a partir de hoje, 9, começará a chegar aos leitores terá um aspecto diferente, fruto de uma remodelação gráfica. Em conversa com o Avante!, o director da publicação, Albano Nunes, explica que na base das alterações estão naturalmente envolvidos aspectos técnicos e organizativos relevantes, mas que o objectivo fundamental foi o de corresponder a «críticas e sugestões dos leitores».

Entre elas, revelou, constavam a dificuldade de leitura relacionada com o tipo e tamanho de letra ou o brilho do papel utilizado, e uma «excessiva e por vezes inadequada utilização de fotografias». Também o seu manuseamento e arrumação ficarão facilitados pelo facto de passar a ter lombada. Com estas alterações, salientou Albano Nunes, espera-se «tornar a leitura mais apelativa e contribuir assim para um renovado interesse pela leitura e difusão de O Militante».

Se a forma muda, os conteúdos permanecem, acompanhando«a evolução da situação nacional e internacional e as tarefas do Partido» e procurem reflectir sobre «temas que irrompem na actualidade». Porém, acrescenta o director, «o impulso de classe e a matriz ideológica marxista-leninista sãoos mesmos que presidiram à criação desta publicação central do PCP por Bento Gonçalves, em 1933, continuando a prestar grande atenção às questões de organização partidária e da sua intervenção entre as massas».

Elevar a formação
Que importância tem uma publicação com estas características numa situação como a actual, marcada por uma forte ofensiva anticomunista e antidemocrática? A questão, lançada a Albano Nunes, recebeu uma resposta clara: «Talvez nunca como hoje, até pelos poderosos meios de manipulação à disposição da classe dominante, a luta ideológica tenha assumido tão decisiva importância. Tentar roubar aos trabalhadores qualquer perspectiva revolucionária e levá-los a descrer na força da sua luta organizada, é objectivo permanente do grande capital. A ofensiva contra a Revolução de Abril e as campanhas anticomunistas inserem-se nesse objectivo, a que O Militante procura dar firme e convincente combate.»

O que é necessário, acrescenta ainda Albano Nunes, é que o Partido «esteja preparado para todas as circunstâncias que o desenvolvimento da situação apresente, e para isso há que persistir na orientação de elevar a formação política e ideológica dos membros do Partido. Aumentar a leitura e a difusão de O Militante, aperfeiçoado com a opinião e a crítica dos seus leitores, é uma importante tarefa de reforço do Partido».

O Congresso e muito mais
Nesta edição, o XXII Congresso do PCP tem um natural destaque: é tema de capa e de abertura e publicam-se diversas intervenções nele proferidas, desde logo a de encerramento, a cargo do Secretário-Geral, Paulo Raimundo. Publica-se também a Nota Informativa sobre Questões de Direcção apreciadas na reunião do Comité Central do PCP, no seguimento do XXII Congresso.

Na secção «Partido» recupera-se um texto de Carlos Aboim Inglez, «Construir o futuro», e em «Trabalhadores» Armando Farias recorda que «Há 50 anos foi realizada a grandiosa manifestação em defesa da unicidade sindical». Matilde Silva assina, na secção «Juventude», o texto «Dependências e adições, uma arma do capital», e Sofia Lisboa escreve «Por ocasião dos 70 anos da fuga de Dias Lourenço da cadeia de Peniche». «Alvorada para os 100 anos de Carlos Paredes», de Bárbara Carvalho, preenche a secção «Cultura» e o «Internacional» conta com três artigos: «A grande mentira americana (um careto assola o mundo: Trump e o Trumpismo)», de Agostinho Lopes; «Sombras do sistema político dos EUA: onde está a democracia», de João Lopes; e «”Operação Guaidó 2.0” em marcha contra a Venezuela», de Luís Carapinha.

 



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