MAIS FORÇA AO PCP NA LUTA POR UMA VIDA MELHOR
«Força de Abril. Tomar a iniciativa, com os trabalhadores e o povo. Democracia e socialismo»
Realiza-se, nos próximos três dias, em Almada, o XXII Congresso do PCP, depois de um exigente processo preparatório, envolvendo milhares de comunistas e de amigos do Partido, na discussão das Teses – Projecto de Resolução Política, na apresentação de propostas, na realização das diversas tarefas para garantir o seu êxito.
Apesar da exigência destas tarefas, o Partido não fechou para Congresso. Fez a sua preparação, não deixando de tomar a iniciativa e intervir nos muitos combates travados neste período: contra o aumento do custo de vida, pelo aumento geral dos salários e das pensões, em que se insere a acção nacional «Aumentar salários e pensões. Para uma vida melhor», com largas dezenas de milhares de contactos já realizados; em defesa dos serviços públicos, com destaque para o SNS; contra as privatizações; em defesa dos direitos à saúde, à educação e à habitação; pela promoção da produção nacional; em defesa do ambiente, das micro, pequenas e médias empresas, da cultura e do desporto; pela creche e pré-escolar gratuitos para todas as crianças, numa rede pública e pela escola pública. Lutou pela libertação da submissão às imposições da União Europeia e ao domínio do capital monopolista. Lutou pela paz e contra a guerra, pela solidariedade com o povo palestiniano, por uma Palestina livre e pela paz no Médio Oriente. Realizou a Festa do Avante! e desenvolveu inúmeras iniciativas no âmbito das comemorações do 50.º aniversário da Revolução de Abril, em defesa do regime democrático e pelo cumprimento da Constituição. Dinamizou a luta nas empresas e na rua e teve uma intervenção combativa nas instituições, sempre ao serviço dos trabalhadores, do povo e do País. Foi intransigente na luta pela ruptura com a política de direita e pela concretização da política alternativa patriótica e de esquerda, com soluções para os problemas nacionais. Alternativa patriótica e de esquerda que é parte integrante de uma Democracia Avançada inspirada nos valores de Abril, indissociável do processo de construção da sociedade nova, o socialismo e o comunismo.
De facto, para um Partido como o PCP, com a sua identidade e profunda ligação aos trabalhadores, ao povo, à vida, a realização de um congresso constitui um acontecimento particularmente relevante, tendo sempre como primeira meta criar as condições necessárias para o seu reforço, visando a intensificação da sua intervenção e o alargamento da sua influência.
Por tudo isso, são muitas e fortes as razões para estarmos confiantes em que esses três dias constituam não apenas o ponto de chegada desta caminhada, mas também o ponto de partida para novos avanços em matéria de reforço político, ideológico, social e eleitoral do Partido. E também no plano da luta pelos direitos e a alternativa.
Luta que é preciso intensificar, que se desenvolve nas empresas e locais de trabalho e que ainda há poucos dias juntou milhares de trabalhadores frente à Assembleia da República, manifestando assim a sua rejeição a esse instrumento ao serviço do grande capital, o Orçamento do Estado para 2025.
E é tudo isto que estará presente nas decisões e orientações que o XXII Congresso irá aprovar – decisões e orientações que farão do PCP um partido cada vez mais forte e em melhores condições para cumprir o papel que historicamente lhe está destinado.
Os preocupantes desenvolvimento da situação na Síria – com a acrescida acção e controlo por parte de grupos terroristas, a invasão do seu território por tropas israelitas, o perigo da sua desagregação e destruição enquanto Estado secular – tem as suas raízes em décadas de ingerência e guerra na região do Médio Oriente e resultam de uma violenta e multifacetada acção para que a Síria deixasse de ser um obstáculo à estratégia de domínio dos EUA no Médio Oriente e de ser solidária com a causa do povo palestiniano.
A Síria viu-se atacada por grupos terroristas, como a Al-Qaeda ou o Estado Islâmico, apoiados do exterior; viu serem ilegalmente ocupadas grandes partes do seu território e saqueados os seus recursos; foi sujeita a sanções; foi constantemente bombardeada por Israel que continua a ocupar ilegalmente os Montes Golã.
O PCP sempre esteve solidário com a luta do povo sírio em defesa da sua soberania e integridade territorial, e considera que é necessária uma solução política que permita ao povo sírio, no respeito pela diversidade da sua composição étnica e religiosa e dos seus direitos, decidir, sem pressões e ingerências externas, o seu próprio caminho.
Face ao perigoso agravamento da situação no Médio Oriente, o PCP continuará a defender uma paz justa e duradoura na região que passa necessariamente pelo fim do genocídio do povo palestiniano e pelo reconhecimento do Estado independente e soberano da Palestina.
E é esta luta dos trabalhadores e do povo e a iniciativa, intervenção e reforço do PCP que nos permitem olhar com confiança para o processo de construção e realização do XXII Congresso como um tempo de forte afirmação do Partido que, do Congresso, sairá mais forte e em melhores condições para prosseguir a luta por Abril, pela Democracia e o Socialismo.