Manuel Vicente deixa legado de intervenção e luta

O ca­ma­rada Ma­nuel An­tónio Vi­cente fa­leceu, no dia 7, aos 94 anos. O PCP trans­mitiu, à sua fa­mília e amigos, as mais sen­tidas con­do­lên­cias.

Mi­li­tante co­mu­nista desde 1955, in­te­grou, antes do 25 de Abril, o Co­mité Local de Mon­temor-o-Novo, de onde era na­tural e onde se de­dicou sempre à luta por me­lhores con­di­ções de vida. Teve uma in­ter­venção re­le­vante na luta pelas oito horas dos as­sa­la­ri­ados agrí­colas e par­ti­cipou em di­versas co­mis­sões de luta por me­lhores sa­lá­rios nos campos do Sul.

Após o 25 de Abril in­te­grou di­versas co­mis­sões para a for­mação dos Sin­di­catos Agrí­colas, de­sig­na­da­mente no Sin­di­cato dos Tra­ba­lha­dores Agrí­colas do Dis­trito de Évora, do qual foi pre­si­dente. Na cons­ti­tuição da Fe­de­ração dos Sin­di­catos Agrí­colas do Sul, da qual foi co­or­de­nador, deu um im­por­tante con­tri­buto para o avanço da Re­forma Agrária e na luta pela sua de­fesa. Foi um des­ta­cado quadro no pro­cesso de for­mação das Uni­dades Co­lec­tivas de Pro­dução.

Foi membro das Co­mis­sões Or­ga­ni­za­doras das Con­fe­rên­cias da Re­forma Agrária. Des­tacou-se na re­a­li­zação da I Con­fe­rência dos Tra­ba­lha­dores Agrí­colas do Sul, pro­mo­vida pelo PCP. Foi membro da União dos Sin­di­catos do Dis­trito de Évora, do Con­selho Na­ci­onal da CGTP-IN e do seu se­cre­ta­riado. Na sua ac­ti­vi­dade par­ti­dária, in­te­grou ainda o Co­mité Cen­tral (CC) do PCP, a Di­recção da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal do Alen­tejo, da Co­missão Dis­trital de Évora.

Foi fun­ci­o­nário do Par­tido e as­sumiu ta­refas cen­trais, dentro das quais se des­taca a sua im­por­tante con­tri­buição no sector do pa­tri­mónio, na Quinta da Ata­laia.

Ma­nuel Vi­cente foi eleito na As­sem­bleia Mu­ni­cipal de Mon­temor-o-Novo e, já re­for­mado, in­te­grou a As­so­ci­ação de Re­for­mados Pen­si­o­nistas e Idosos de Mon­temor.

Como re­cordou Ângelo Alves, membro da Co­missão Po­lí­tica do CC, no fu­neral, a vida de Ma­nuel da Cesta – como muitos o co­nhe­ciam – foi in­tei­ra­mente de­di­cada à he­róica luta de mi­lhares de ho­mens e mu­lheres no Alen­tejo. «Foi um lu­tador, um re­vo­lu­ci­o­nário e um dos obreiros de grandes con­quistas das lutas do ope­ra­riado agrí­cola, para as quais deu uma ines­ti­mável con­tri­buição», afirmou.

 



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