- Nº 2657 (2024/10/31)

Reivindicação e luta confluem para dia 9 em Lisboa e no Porto

Trabalhadores

A realização de plenários, greves, concentrações e contactos envolve dirigentes, delegados e activistas sindicais, por todo o País, alargando a mobilização de trabalhadores para a luta convergente.

Para hoje, está convocada greve na Lisboagás, Setgás e Floene Energias, durante a manhã, para que os trabalhadores se possam concentrar, a partir das 9 horas, junto da sede do Grupo Floene, nas Torres de Lisboa. Os sindicatos da CGTP-IN exigem o aumento dos salários e de outras prestações pecuniárias e melhores condições de trabalho.
O SITE CSRA destacou, como objectivo da luta, conseguir uma justa negociação do Acordo Colectivo de Trabalho da Lisboagás-GDL, que deverá ser aplicado a todas as empresas do grupo.

Anteontem, o SINTAB realçou que a greve na Lactogal, convocada para o dia seguinte, ganhou ainda mais relevo, porque a administração «não trouxe quaisquer propostas de negociação, ou de resolução dos problemas», para uma reunião com o sindicato, na terça-feira. A parte patronal apresentou «considerações vagas e declarações de boas intenções», mas não mostrou propostas concretas.
Fazer greve a 30 de Outubro foi uma decisão tomada em plenários, dia 11 de Setembro, em defesa do caderno reivindicativo aprovado em Julho. Nele exige-se aumentos salariais que garantam 150 euros, ainda em 2024, valorização do trabalho por turnos, actualização do subsídio de frio (inalterado há 20 anos) e, entre outras matérias, ajustamentos que promovam a igualdade salarial em cada função e o fim das discrepâncias que subsistem.
A partir das 10 horas, os trabalhadores estarão, em piquete, em frente à fábrica da Lactogal em Oliveira de Azeméis.

Para ontem, a União dos Sindicatos de Castelo Branco agendou reuniões de trabalhadores com o Secretário-Geral da CGTP-IN, nos SMAS da cidade e na têxtil Paulo de Olveira.

Para Elvas, também dia 30, a União dos Sindicatos do Norte Alentejano marcou uma «tribuna pública», ao fim da tarde, na Praça 25 de Abril.
Trabalhadores e activistas sindicais, de diversos sectores e locais de trabalho do distrito de Portalegre, iriam divulgar os processos reivindicativos em curso na região, incluindo resultados e perspectivas de luta.

Também no âmbito da «Acção Nacional de Mobilização, Reivindicação e Luta», convocada pela CGTP-IN e que decorre desde dia 7, sob o lema «Aumentar os salários e as pensões, Defender os serviços públicos e as funções sociais do Estado, Resolver os problemas do País», Tiago Oliveira participou, dia 23, num plenário de trabalhadores do sector ferroviário, no Entroncamento.
Foi ali aprovado o caderno reivindicativo para 2025, com a exigência de mais 150 euros nos salários e semana de trabalho com duração normal de 35 horas. Outros plenários vão ter lugar noutras instalações, com maior concentração de trabalhadores da Medway e da CP.

Na tarde dessa quarta-feira, Tiago Oliveira esteve com os trabalhadores da Gestamp, em Vendas Novas.

Também no dia 23, na Escola do Viso, no Porto, o Sindicato da Hotelaria do Norte promoveu uma acção contra a precariedade e os despedimentos na cantina, concessionada à Eurest. Foi distribuído um comunicado aos pais e encarregados de educação, denunciando a extrema precariedade que se vive neste sector e que o sindicato persiste em combater. À Autoridade para as Condições do Trabalho foram comunicados 15 pedidos de intervenção, referentes a 143 cantinas de 15 concelhos, com um total de 620 trabalhadores. A precariedade ultrapassa os 90 por cento, afirma o sindicato.

Por uma situação semelhante, o Sindicato da Hotelaria do Sul marcou para segunda-feira, dia 28, ao fim da tarde, uma vigília de trabalhadores das cantinas escolares do concelho de Cascais, para depois marcarem presença na reunião da Assembleia Municipal.

O CESP/CGTP-IN convocou para dia 8, sexta-feira, «arruadas» de trabalhadores das IPSS, em Aveiro (10h30, junto da estação da CP), Braga (14h30, Arco da Porta Nova), Porto (10h30, no Largo da Misericórdia» e na Póvoa de Varzim (14h30, no Largo do Cego do Maio).

A «Acção Nacional de Mobilização, Reivindicação e Luta» culmina com uma manifestação nacional, a 9 de Novembro, no Porto (às 10 horas, na Praça da República) e em Lisboa (às 15 horas, no Cais do Sodré).