Outubro 1941 – Assassinato de Guy Môquet
A 22 de Outubro, em Châteaubriant, os alemãs fuzilam 27 prisioneiros, entre os quais Guy Môquet, em represália pela morte do comandante alemão de Nantes, Karl Hotz. O oficial nazi foi abatido dois dias antes, no cento de Nantes, pelo militante comunista Gilbert Brustlein. Os alemães ofereceram uma recompensa de 15 milhões de francos por informações sobre o atentado, mas sem sucesso. O chefe militar de ocupação, Otto von Stülpnagel, decide executar 27 prisioneiros escolhidos de uma lista de 61 nomes de presos do campo de Choisel-Châteaubriant, fornecida pelo secretário de Estado do Interior Pierre Pucheu, colaborador de Pétain em Vichy. O próprio Pucheu terá feito uma primeira triagem, seleccionando os comunistas, que considerava “particularmente perigosos”. As vítimas puderam escrever uma última carta aos seus próximos antes de enfrentarem o pelotão de fuzilamento. Guy Môquet, jovem comunista, tinha 17 anos quando foi preso a distribuir panfletos clandestinos. A sua carta de adeus tornou-se um símbolo da luta contra o nazi-fascismo. Louis Aragon dedicou-lhe e a mais três resistentes (dois cristãos e dois comunistas) o seu poema “La rose et le réséda”, que tem o verso: “Aquele que acreditava no céu / Aquele que não acreditava / Ambos adoravam a bela” (França).